Defesa de Nuzman pede soltura imediata e nulidade de operação
Nuzman foi preso em investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016
A defesa de Carlos Arthur Nuzman protocolou, neste sábado, um requerimento pedindo a anulação da operação que prendeu o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e exigindo sua soltura imediata. “O paciente jamais exerceu qualquer cargo público e a suposta compra de voto para eleição da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 envolveria apenas entidades privadas, episódio longevo, ocorrido há cerca de oito anos”, afirma o documento, enviado ao Tribunal Regional da 2ª Região.
Ainda de acordo com os advogados de defesa do presidente do COB, causa “estranheza” o fato de haver duas investigações “sobre o mesmo tema”, sendo que uma é conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF) e a outra pela Polícia Federal. O fato, segundo eles, resultou na “arbitrariedade” da prisão temporária de Nuzman, tida pela defesa como “desnecessária”.
O documento ainda argumenta que, aos 75 anos, Nuzman possui saúde frágil e cita uma recente cirurgia de dissecção da aorta.
Prisão
A PF realizou a prisão de Nuzman em investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, segundo informou a PF. Além de Nuzman, o ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016 Leonardo Gryner também foi preso. A ação foi um desdobramento da Operação Unfair Play, deflagrada há um mês pela PF e pelo Ministério Público Federal em parceria com a procuradoria francesa.