Corinthians perde mando de campo por cantos homofóbicos da torcida
Em julgamento, STDJ puniu clube alvinegro, que terá que jogar com portões fechados

Em julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta quarta-feira (14), o Corinthians foi punido com a perda de um mando de campo, ou seja, jogará com portões fechados. A punição ocorreu após denúncia feita pelo procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, devido aos cantos homofóbicos entoados por seus torcedores no clássico contra o São Paulo, no dia 14 de maio, pelo Campeonato Brasileiro. A partida terminou empatada em 1 a 1. Ainda cabe recurso.
O procurador se baseou na súmula do árbitro Bruno Arleu de Araújo, que chegou a paralisar a partida por quatro minutos. Durante o episódio, os telões da Arena Neo Quimica exibiram avisos sobre a proibição deste tipo de expressão.
O Timão foi punido ao ser enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”
Durante o julgamento, foram ouvidos, por parte do clube Lúcio da Silva Blanco, administrador da arena, e o ex-jogador e gerente de futebol, Alessandro.
O próximo jogo do Corinthians em casa será no dia 13 de julho, diante do Red Bull Bragantino.
Dentro de seu estádio, o Timão já viveu situação semelhante. No ano passado, o time também foi denunciado por cânticos homofóbicos em outro clássico contra o São Paulo. Porém, o clube, por meio de uma “transição disciplinar”, atendida pelo STJD, não perdeu o mando de campo. A punição foi trocada pelo pagamento de uma multa de R$ 40 mil, em que metade do valor foi para organizações beneficentes e a outra parte para a CBF.