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Corinthians demite Ramon Díaz, o quarto treinador a perder o cargo no Brasileirão

O argentino caiu depois das derrotas para Palmeiras e o Fluminense. Assim é a máquina de moer carne brasileira. Detalhe: estamos na quarta rodada.

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 abr 2025, 18h19 - Publicado em 17 abr 2025, 18h14

O futebol brasileiro, como dizia Tom Jobim a respeito do país, não é mesmo para amadores. Nesta quinta-feira, 17, o Corinthians demitiu o técnico argentino Ramon Díaz. Foi o quarto treinador a perder o cargo em apenas quatro rodadas do Brasileirão – antes dele, haviam caído Mano Menezes, do Fluminense; Pedro Caixinha, do Santos; e Gustavo Quinteros, do Grêmio.

A pá de cal para Díaz e seu filho e sombra à beira do gramado, Emiliano, foi a derrota para o Fluminense, na NeoQuímica Arena, por 2 a 0. Na partida anterior, o alvinegro tinha sido derrotado também por 2 a 0 pelo Palmeiras, em jogo disputado em Barueri. A término da partida contra os cariocas, o atacante holandês Memphis Depay praticamente deu aval para a saída do comandante. Em entrevista coletiva, ele foi direto ao ponto, em longa peroração: “Temos que assumir a nossa responsabilidade. Se você acha que, por termos vencido o Paulista, somos o melhor time do mundo, a realidade é que não somos. Temos que melhorar. Como estamos melhorando? Acho que temos que analisar criticamente o que está acontecendo no clube, o que podemos fazer melhor dentro dos jogos, porque não se pode simplesmente dizer que o time não corre ou que não quer vencer. Para mim, é besteira. Futebol não é sobre isso, pelo menos na minha opinião (…) Se você quer um time que apenas corre e não joga com o cérebro, acho que está escolhendo o time errado, porque olhamos para o nosso DNA. Temos alguns jogadores incríveis e alguns jogadores que são trabalhadores e precisam trazer qualidade extra de uma forma que precisem correr para o time. Mas, neste momento, acho que perdemos muitos jogos porque não temos os detalhes. Taticamente, quando perdemos a bola… estudar o jogo faz parte do que faço em cada partida.”

DORIVAL JR. VEM AÍ

Traduzindo, do inglês para o português, do holandês para o português: Memphis disse em alto e bom som que o treinador e seu filho não sabiam o que estava fazendo. Como sempre, depois de duas derrotas sucessivas, boa parte da torcida concordou com a degola. Há, contudo, um tantinho de açodamento – ou então é assim mesmo, o moedor de carnes do Brasil, o país do futebol. Díaz, não há dúvida, mal conseguiu dar ao time um padrão equilibrado. Contudo, no final do Brasileirão do ano passado enfileirou nove espetaculares vitórias seguidas e levou o time à fase de pré-Libertadores. Ok, o time foi vergonhosamente eliminado pelo Barcelona de Guayaquil, e só restou, na disputa continental, a Sul-Americana (em que também vai mal das pernas, com um empate e uma derrota). Porém, entre descidas na montanha russa, ganhou o Paulistão contra…. contra o Palmeiras, o que não é pouca coisa. O Corinthians não ganhava um título desde 2019. Contra o arquirrival, então, é prêmio ainda maior, o que vale para os dois lados. Adiantou? Pelo jeito, muito pouco. Ainda que o campeonato estadual não seja lá aquela Coca-Cola tudo, erguer a taça diante de uma equipe vitoriosa há anos, adversário de sempre, deveria ter o poder de garantir alguma tranquilidade. Que nada. E exatos 21 dias depois da glória momentânea, Ramon Díaz foi defenestrado. O nome mais cotado: Dorival Jr., demitido da seleção brasileira. E de demissão em demissão, viva o futebol brasileiro, que já foi o melhor do mundo.

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