CBF rebate acusações de deputada que pede afastamento de Ednaldo Rodrigues
Parlamentar, conhecida como Daniela do Waguinho, encaminhou petição ao Supremo Tribunal Federal

Após pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol ao Supremo Tribunal Federal, a entidade emitiu nota na qual rebate acusações da autora da petição, a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ). A parlamentar, conhecida como Daniela do Waguinho, apresentou um laudo no qual afirma que é falsa a assinatura de um dos dirigentes, no acordo entre a confederação e o STF que recolocou Ednaldo no cargo após um afastamento.
“A CBF enfatiza que todos os atos relacionados ao acordo mencionado foram conduzidos dentro da legalidade e com a participação de representantes devidamente legitimados”, diz a nota. “O processo foi legítimo e teve acordo homologado. É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar.” Veja íntegra abaixo.
O acordo de janeiro de 2024 foi assinado por cinco dirigentes para reconhecer a legalidade da eleição em que Ednaldo Rodrigues foi esolhido como presidente da CBF em 2022, e foi homologada no início deste ano. A firma do Coronel Nunes, ex-vice-presidente de Ednaldo Rodrigues no último mandato, é contestada pela deputada com base em um laudo que afirma que a assinatura “não foi realizada de forma livre e consciente e sob plenas faculdades mentais” e “recaem dúvidas razoáveis acerca da autenticidade da assinatura”, segundo o GE.
A petição também menciona um laudo de 2023, assinado pelo médico da CBG, Jorge Pagura, que afirma que o Coronel “não detinha condições físicas e cognitivas para expor seu aceite a qualquer condição que lhe fosse apresentada”.
A perícia foi realizada a pedido do vereador Marcos Dias Ferreira (Podemos-RJ). O parlamentar também acionou o Ministério Público do Rio de Janeiro com base no laudo assinado pela Jacqueline Tirotti, da Tirotti Perícias Judiciais e Avaliações. O escritório também foi responsável por validar o vídeo contestado que acusa o padre Júlio Lancelotti de pedofilia e confirmar a assinatura dúbia de Ana Hickman em um documento de dívida.
O relator do caso, Gilmar Mendes, irá analisar o pedido da deputada e os novos documentos. Em janeiro de 2024, o ministro do STF concedeu uma liminar que permitiu o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF após destituição do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Íntegra da nota da CBF
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais.
Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre suposto vício de vontade em assinatura constante do acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legitimidade da eleição do presidente Ednaldo Rodrigues, a CBF esclarece que ainda não teve acesso formal ao referido laudo pericial, supostamente asssinado por perito particular, que está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo.
A CBF enfatiza que todos os atos relacionados ao acordo mencionado foram conduzidos dentro da legalidade e com a participação de representantes devidamente legitimados. O processo foi legítimo e teve acordo homologado.
É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar.
A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e permanece à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente surjam. A entidade segue focada em sua missão de promover o futebol brasileiro com seriedade, profissionalismo e respeito às instituições e com absoluta tranquilidade de que todos os princípios de boa gestão e de probidade são diuturnamente respeitados.
Rio de Janeiro, 6 de maio de 2025.
Confederação Brasileira de Futebol