O meia Paulo Henrique Ganso foi um dos jogadores mais requisitados pelos jornalistas após a vitória do Santos sobre o japonês Kashiwa Reysol, nesta quarta-feira, mas não falou com ninguém. Pivô de nova polêmica com a diretoria, o camisa 10 preferiu não comentar a atuação discreta que teve em Toyota.
Logo que o Peixe desembarcou no Japão, foi divulgado que Ganso vendeu 10% de seus direitos econômicos ao grupo DIS. O fundo de investimentos, desafeto do presidente Luís Álvaro Ribeiro, ultrapassou o Santos e agora tem 55% do jogador, o que irritou a diretoria alvinegra. O apoiador, que faturou R$ 5 milhões com a negociação, estremeceu ainda mais suas relações com a alta cúpula santista ao dizer que ‘quando um não quer, outro vem e compra’.Outro fato que incomoda os dirigentes é o sumiço midiático do atleta na Ásia. Além de ter alegado indisposição estomacal para justificar sua ausência em uma entrevista coletiva para a qual estava escalado, ele já passou quieto pelos microfones em outras ocasiões.
Neymar, que agrada a diretoria por alavancar a imagem do clube brasileiro no exterior ao ser solícito com repórteres de todo o mundo, tem sido o oposto de Ganso na passagem do Peixe pelo Japão. Autor de um golaço e destaque da vitória por 3 a 1 contra o Reysol, o camisa 11 acredita na qualidade do amigo para a decisão de domingo, contra Barcelona ou Al Sadd.
‘O Ganso é um craque, podemos esperar tudo dele. Ele é o nosso camisa 10, o cara que dita o ritmo do jogo. Eu estou ali para fazer gols, mas o resto deixa com ele’, sorriu o craque.