A emoção de Interlagos ao ver Hamilton pilotando a McLaren de Senna
Piloto inglês assumiu o volante de carro icônico do brasileiro em tributo emocionante que levantou a torcida no GP de São Paulo
Depois de ser adiada por conta da chuva de sábado, Lewis Hamilton enfim assumiu a icônica McLaren de Ayrton Senna e colocou o carro na pista em homenagem ao piloto brasileiro, cuja morte completou 30 anos em maio. O que se viu nas arquibancadas foi uma torcida que, mais uma vez, abraçou o inglês como brasileiro, e foi ao delírio ao ver o carro na pista debaixo de chuva.
Era pouco mais de 10h quando o a McLaren com a qual Senna conquistou o bicampeonato deixou a garagem com Hamilton no volante. Na saída, diversas pessoas vibraram ao ver o piloto no cockpit, já trajado com macacão branco e capacete verde e amarelo. Quando o ronco do motor soou, o barulho se mesclou a gritos de “Hamilton”, “bora Lewis” e o cântico de “olê, olê, olê, olá, Senna, Senna” que foi entoado diversas vezes ao longo da homenagem.
Com o tema da vitória de fundo, o piloto inglês tomou o circuito de Interlagos com cuidado, por causa da pista molhada, levantando a arquibancada por onde passava. Depois de algumas voltas, pegou a bandeira brasileira e seguiu com ela em punho, repetindo o gesto que Ayrton Senna costumava fazer em suas vitórias — e que ele mesmo reproduziu ao vencer de maneira apoteótica no Brasil em 2021. Ao final, Hamilton foi recebido pela bandeirada de Rebeca Andrade — nome que, assim, como o de Senna, está eternizado entre os maiores da história do esporte brasileiro.
Em entrevista à Band após a homenagem, Hamilton se mostrou emocionado e falou que revisitou a infância assistindo Ayrton Senna — coisa que parece ter acontecido também com boa parte do público ao ver o carro que fez o país festejar em 1990 levantar uma nuvem de água neste domingo. “Não posso acreditar que estou tendo essa oportunidade, ele é o maior de todos. Fazer isso em frente a essa torcida, que ficou debaixo de chuva o dia inteiro. É um dia muito especial para mim”, afirmou o piloto, que sempre apontou Senna como sua principal inspiração nas pistas. Um ídolo reconhece o outro.