A crueldade do tempo e a ferocidade da indústria musical, ávida por novidades e jovens talentos, não foram páreos para derrubar Madonna. Há quase quatro décadas na estrada, a cantora americana completa 60 anos no próximo dia 16 de agosto. Aposentadoria? Nem pensar. Madonna prepara seu 14º disco e há pouco viajava o mundo com sua décima turnê – que a ajuda a se tornar a artista solo com a maior arrecadação em shows da história, somando 1,3 bilhão de dólares.
Símbolo incontestável da cultura pop, Madonna transforma em arte — e em discurso feminista — suas raízes culturais e emocionais. Descendente de imigrantes italianos e com forte criação católica, ela perde a mãe para o câncer antes de completar 10 anos de idade. Depois, enfrenta o pai para seguir o sonho de ser dançarina. Quando parte para Nova York, nos anos 1980, com apenas 35 dólares no bolso, Madonna começa a lapidar a personalidade, gostos e valores que a levariam ao topo das paradas. Ela se aproxima da comunidade gay, discursa em prol da mulher, prega avidamente a liberdade sexual e flerta com símbolos religiosos de uma maneira pouco convencional.
O especial a seguir joga luz sobre o legado da cantora, suas táticas de sobrevivência na música pop, e os muitos feitos que ela acumula no currículo.