Sharon Stone brilha em ‘Mosaic’, uma nova forma de ver séries
Criada por Steven Soderbergh, trama de mistério da HBO tem versão linear e uma outra para aplicativo
Uma das atrizes mais emblemáticas dos anos 1990, em filmes como Instinto Selvagem, de Paul Verhoeven, e Cassino, de Martin Scorsese, Sharon Stone andou meio sumida nos últimos anos, fazendo pequenos papéis aqui e ali. Em 2011, ela sofreu uma hemorragia cerebral que a fez perder a memória. Mas ela volta com força em Mosaic, a nova série de Steven Soderbergh para a HBO, que exibe seis episódios diariamente, com os dois finais na sexta-feira, sempre a partir das 23 horas.
Stone interpreta a escritora de livros infantis Olivia Lake, que dá abrigo a Joel Hurley (Garrett Hedlund), jovem e bonito aspirante a artista, enquanto se envolve com Eric Neill (Frederick Weller), um vigarista profissional contratado para persuadi-la a vender suas terras. A trama de mistério de corrupção, mentira e assassinato tenta também um formato diferente, com um aplicativo (disponível apenas nos Estados Unidos) em que é possível escolher qual personagem acompanhar.
VEJA assistiu aos dois formatos, o linear, que passa na televisão, e o do aplicativo. Como costuma ser com Steven Soderbergh, os atores estão bem, principalmente Sharon Stone. Por ter sido pensada para ser vista na tela pequena, a série é cheia de closes, o que cansa um pouco na transposição para a televisão. Também há cortes mais abruptos do que o normal para uma obra de Soderbergh, que edita, ele mesmo, seus filmes. Mas a série conta com uma protagonista interessante, uma mulher complexa, independente, resistente, mas que cai de amores num instante e tem medo de envelhecer sozinha.
O aplicativo, em geral dividido em cenas de cerca de vinte minutos, com opções de janelas para explorar o ambiente ou outros detalhes. Certamente há espectadores que preferem ser mais passivos ao ver uma série de televisão. Mas o formato é promissor, porque permite ver as mesmas cenas por ângulos diferentes ou seguir apenas o personagem preferido, por exemplo – o que deve causar certo pânico nos atores, que podem ser preteridos por seus colegas se sua performance não agradar tanto. Mosaic é um primeiro passo, por isso imperfeito, mas parece abrir um novo mundo.
MPF denuncia caminhoneiros que bloquearam principal rodovia do país para pedir golpe
Regina Duarte derruba audiência da Globo com reprise de ‘Rainha da Sucata’
O que diz a primeira pesquisa presidencial após a prisão de Bolsonaro
Reação do governo Trump à prisão de Bolsonaro acende alerta no mercado
A reação de Damares à ordem para Bolsonaro cumprir a pena na sede da PF







