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‘Serão exibidas cenas de nudez?’, pergunta edital do BB para filmes

Formulário para patrocínio também questiona sobre 'cunho religioso ou político' da obra; sindicato critica 'clara tentativa de censura'

Por Redação
13 ago 2019, 10h21

A BB DTVM, subsidiária do Banco do Brasil, abriu nesta segunda-feira, 12, um edital para seleção de filmes que receberão investimentos da empresa via Lei do Audiovisual. O formulário questiona se “serão exibidas cenas de nudez ou sexo explícito” na obra.

O documento também pergunta se o filme “tem cunho religioso ou político” ou se “faz referência a crimes, drogas, prostituição ou pedofilia”.

Em julho, durante a transição do Conselho Superior de Cinema para a Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não podia “admitir filmes como Bruna Surfistinha com dinheiro público”. E disse que a Ancine sofreria “filtros” por parte do governo.

“Nós não queremos nem censuraremos ninguém, mas não admitiremos que a Ancine faça peças ditas culturais que vão contra os interesses e nossa tradição judaico-cristã”, afirmou Bolsonaro na ocasião.  

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Pouco após a publicação do edital, o Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e Região criticou o documento e acusou o governo de tentar “censurar” o cinema do país. 

É um absurdo o governo usar o Banco do Brasil para aplicar esta clara tentativa de censurar, através da força do dinheiro, o cinema brasileiro. Se um filme aborda uma temática relacionada a uma religião diferente da do presidente, não poderá ser realizado? Vários filmes brasileiros com cenas de nudez são premiados internacionalmente! O BB deveria zelar pela pluralidade de ideias e de temas. Vetar que empresas públicas financiem obras cinematográficas devido ao seu conteúdo é uma clara tentativa de censura”, disse João Fukunaga, secretário de assuntos jurídicos do órgão. 

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Diversidade

Em abril, Bolsonaro mandou retirar do ar uma campanha publicitária do Banco do Brasil marcado pela diversidade e juventude dos personagens. O diretor de comunicação e marketing da estatal, Delano Valentim, foi afastado do cargo.

Na época, procurado por VEJA, o Banco do Brasil afirmou que o presidente da instituição, Rubem Novaes, concordou com Bolsonaro sobre a necessidade de retirar do ar a peça publicitária.

Deborah Secco como Bruna Surfistinha
Deborah Secco em ‘Bruna Surfistinha’ (2011), filme que incomodou Bolsonaro (Divulgação/VEJA)
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