Rock in Rio 2019: a estrutura por trás do voo de Pink
Saiba como funciona o equipamento que permitiu uma das apresentações mais marcantes do festival
O último sábado de Rock in Rio terminou com uma das apresentações mais marcantes da história do festival. Ao final de quase duas horas de show, a cantora Pink deixou o público da Cidade do Rock boquiaberto ao sobrevoar a área cantando o sucesso So What a plenos pulmões, fazendo piruetas no ar. Por trás da façanha, além do intenso preparo físico da artista, conhecida por suas performances acrobáticas, está uma estrutura de aço que já foi usada pelo Cirque Du Soleil e pela cantora Katy Perry. “Não era uma opção: ela tinha que voar. Levamos um ano para descobrir como fazer”, disse a VEJA a vice-presidente do evento, Roberta Medina.
A estrutura que fez com que Pink alçasse voo sobre o público de 100 000 pessoas do Parque Olímpico foi desenvolvida pela empresa Tait, que já desenvolveu projetos para a Nasa e os Jogos Olímpicos de Londres. O funcionamento da plataforma é relativamente simples: trata-se de um sistema de roldanas acoplado a uma base giratória. O equipamento é conectado a dois guinchos em forma de T, que seguem o formato do palco. Outro sistema cobre parte da área ocupada pelo público. Interligadas, essas peças permitem o deslocamento de objetos cênicos e câmeras – como acontece em transmissões esportivas.
A movimentação é controlada por operadores que conseguem movê-la com segurança no palco e por entra as plataformas que espalhadas pelo Parque. Além dos voos, que são marca registrada da cantora, Pink utiliza um lustre em todas as apresentações da turnê Beautiful Trauma. Em 2017, a apresentação de estreia do tour foi na área externa de um arranha-céus em Nova York. Ao que parece, para a única mulher headliner do Rock in Rio 2019, só mesmo o céu é o limite.