Quatro razões por que ‘A Cabana’ faz chorar ainda mais no cinema
Adaptação do best-seller de William P. Young chegou aos cinemas nesta quinta-feira com uma dose extra de lágrimas
Quando um best-seller como A Cabana vira filme, a maioria dos fãs não sai totalmente satisfeita da sessão de cinema. No processo de adaptação, passagens são cortadas ou alteradas, e o resultado final nem sempre capta a essência daquilo que o autor procurou transmitir — ou aquilo que o leitor julgou ter encontrado na obra. Já a versão cinematográfica do título de William P. Young, que leva a assinatura de Stuart Hazeldine (Exame) e estreia agora no cinema, tem tudo não apenas para agradar aos fãs do livro, pela fidelidade à obra, mas também arrancar ainda mais lágrimas de quem é chegado na sofrência do best-seller. Confira abaixo por quê:
Primeiros passos sob a água
A amizade entre Mack (Sam Worthington) e Jesus (Avraham Aviv Alush) é o primeiro passo da recuperação do protagonista, que procura superar o assassinato de sua Missy, de 6 anos. Em uma metáfora da Bíblia, o filho de Deus, um jovem adulto árabe, ajuda o protagonista a sair de um barco que está afundando — é a representação de sua vida — e caminhar sobre a água com ele. No filme, a cena ganha em teor dramático. E haja lenço de papel para acompanhar.
Lágrimas no Paraíso
Quando Eric Clapton perdeu o filho de quatro anos, ele transformou em música sua principal dúvida: será que um dia se reencontraria com o filho? A Cabana faz questão de responder à pergunta do cantor, em uma das sequências mais emotivas do filme, responsável por acalmar (ou não) o coração de Mack e do espectador.
Deus, uma mulher negra aos prantos
Na contramão de toda a representação cristã, A Cabana coloca uma mulher negra como Deus — interpretado por Octavia Spencer. Em entrevista a VEJA, a atriz confessou que não conseguiu segurar a emoção e acabou chorando em cenas em que não deveria. O improviso rendeu um Deus mais humano, relacionável e comovente. E capaz de fazer chorar.
Close nas lágrimas
O assassinato de uma garotinha é, sem dúvida, motivo para muitas lágrimas — e os diretores de A Cabana não passaram batido por isso. As muitas cenas de choro no filme — maiores em número do que no livro — com certeza irão induzir uma ou mais crises de chororô nos espectadores.