De Múmia a Drácula: Dark Universe ressuscita monstros clássicos
Universo compartilhado tira o pó de personagens que fizeram sucesso no cinema. Confira quais monstrengos vão ganhar novas versões
Os anos 1930 e 40 foram prolíficos para a produção de filmes de terror. Personagens míticos de lendas e da literatura foram abraçados por cineastas e deram verniz a atores como Bela Lugosi e Boris Karloff.
Frankenstein, Lobisomem, Drácula e outras estrelas do terror ganharam, desde então, diversas facetas em adaptações para a TV, teatro, cinema e até desenhos animados. Os monstros surgem ora temíveis, ora humanizados, como seres incompreendidos.
Dona de alguns dos principais clássicos fantásticos, a Universal deu início nesta semana à saga compartilhada batizada de Dark Universe. A Múmia, com Tom Cruise, é o primeiro filme oficial do projeto – que teve um começo abafado em 2014, com Drácula: A História Nunca Contada.
A ambiciosa série já tem um próximo monstro preparado para retornar à telona, além de outros listados para o futuro. Confira abaixo quem são os personagens que vão dar as caras na saga:
Múmia
O icônico personagem já ganhou diversas adaptações para o cinema. A primeira e que merece destaque é a de 1932, dirigida por Karl Freund, com o icônico Boris Karloff no papel do enrolado protagonista. Brendan Fraser ressuscitou o monstro na trilogia iniciada em 1999 com A Múmia e finalizada em 2008, com A Múmia: Tumba do Imperador Dragão. A lenda, constantemente aquecida pelo fascínio causado pela cultura egípcia, foi a eleita pela Universal para começar oficialmente seu Dark Universe. Tom Cruise é o herói responsável por encarar a múmia, agora uma mulher, vivida por Sofia Boutella.
Frankenstein
Publicada em 1818, pela escritora Mary Shelley, a história do monstro construído a partir de restos humanos ganhou vida no cinema pelas mãos do cineasta James Whale, em 1931. Boris Karloff veste o figurino do personagem. O sucesso foi tanto que ele retornou ao papel em 1935, com A Noiva de Frankenstein. O filme, aliás, já está confirmado como o próximo título a ganhar um remake. Javier Bardem foi o escalado para o papel do protagonista e Bill Condon, de A Bela e a Fera, para a direção. Angelina Jolie foi cotada para o papel da noiva, porém, ainda não está confirmada. A produção estreia em fevereiro de 2019.
Drácula
O húngaro Bela Lugosi ficou famoso em 1931 ao vestir a capa e os dentes do famoso vampiro Drácula. O personagem criado por Bram Stoker, publicado em 1897, foi o responsável por popularizar os seres sugadores de sangue na cultura pop. Diversos filmes e séries contam com a presença do elegante Conde. Seria ele, aliás, o responsável por começar o Dark Universe da Universal. Mas Drácula: A História Nunca Contada (2014) não decolou. E uma nova estratégia foi pensada para o lançamento oficial da saga.
O Homem Invisível
Criado pelo escritor H. G. Wells, também responsável por clássicos como A Máquina do Tempo e A Guerra dos Mundos, O Homem Invisível acompanha a história de um cientista que descobre como se tornar invisível. Porém, ele não consegue reverter o método e precisa lidar com a solidão e os percalços causados pela sua nova aparência. Em uma mistura de humor e ficção científica, o livro lançado em 1897 ganhou uma versão para o cinema em 1933 pelas mãos do diretor James Whale, com Claude Rains no papel do protagonista. Agora, Johnny Depp será o próximo responsável por interpretar o personagem. Além da presença de Depp, sabe se que o roteiro será assinado por Ed Solomon, que fez Truque de Mestre (2013) e MIB: Homens de Preto (1997). O novo longa ainda não tem data de lançamento.
O Lobisomem
A fama do lobisomem o precede, desde a Grécia antiga, até variações culturais, como no folclore do Brasil, onde a maldição do monstro meio homem, meio lobo, atinge o sétimo filho homem de uma sucessão de filhas meninas. No cinema, o peludo fez diversas participações em filmes variados, começando por O Lobisomem de Londres (1935) e duetos marcantes, como Frankenstein Encontra o Lobisomem (1943), ambos com Bela Lugosi no elenco, até uma participação na recente saga teen Crepúsculo (2008). O clássico que ganhou destaque foi O Lobisomem (1941), com Lon Chaney Jr. no papel do título. A Universal ainda não divulgou detalhes sobre o remake envolvendo o personagem, mas rumores apontam Dwayne “The Rock” Johnson, de Velozes e Furiosos, como possível protagonista.
O Monstro da Lagoa Negra
O Monstro da Lagoa Negra ganhou os cinemas em 1954, no filme dirigido por Jack Arnold. Com uma aparência que mescla elementos de anfíbios, répteis e humanos, o bicho seria uma espécie de animal pré-histórico perdido na Amazônia. Mas ele tem um coração. O monstrengo se apaixona por uma das cientistas da equipe que se embrenha pela mata brasileira. Segundo o site Tracking Board afirmou, em 2015, o remake será assinado por Jeff Pinkner, credenciado por títulos como o filme O Espetacular Homem-Aranha 2 e as séries Lost e Fringe.
Dr. Henry Jekyll
A dualidade humana é o fio condutor da trama criada em 1886 por Robert Louis Stevenson, na clássica história do pesquisador Henry Jekyll e sua personalidade monstruosa, Mr. Hyde, que altera não só seu humor e identidade, mas também sua aparência física. A história ganhou o cinema com o filme O Médico e o Monstro (1931), de Rouben Mamoulian, e o remake assinado pelo renomado cineasta Victor Fleming, em 1941. Na nova saga promovida pela Universal, o personagem, vivido por Russell Crowe, é um tipo de Nick Fury da Marvel, que conecta os monstros e gerencia uma organização batizada de Prodigium.
O Fantasma da Ópera
Um homem deformado vive nos bastidores da Ópera de Paris e se apaixona por uma cantora, que mais tarde se divide em um triângulo amoroso entre o obcecado e misterioso mascarado e um jovem visconde. Escrita por Gaston Leroux, e publicada em 1909, a história ganhou uma adaptação para o cinema em 1925, com Lon Chaney no papel do fantasma. O sucesso foi perpetuado pela versão musical, em cartaz na Broadway há mais de 30 anos.
O Corcunda de Notre-Dame
Personagem criado pelo escritor francês Victor Hugo, em 1831, o Corcunda chegou aos cinemas pela primeira vez em 1923, mas se consagrou na versão de William Dieterle, em 39, com Charles Laughton no papel do homem apaixonado que vive escondido na famosa Catedral parisiense. Em 1996, ganhou uma versão fofa assinada pela Disney, com o propósito de falar sobre as diferenças. Nada foi divulgado sobre a nova versão do personagem, que pode ganhar um filme solo ou aparecer em outra trama do universo compartilhado.