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Carta antissemita de Wagner é posta à venda em Jerusalém

No documento o compositor alemão, que era o favorito de Adolf Hitler, alerta os franceses sobre o "perigo" de se assimilar a cultura judaica.

Por AFP
Atualizado em 22 abr 2018, 13h35 - Publicado em 22 abr 2018, 13h29

Uma carta escrita por Richard Wagner alertando para a influência judaica na cultura será leiloada na próxima semana em Israel, onde apresentações públicas da obra do compositor alemão antissemita foram banidas.

Wagner, cuja grandiosa e nacionalista obra do século XIX é repleta de antissemitismo, misoginia e ideais de pureza racial, foi o compositor favorito de Adolf Hitler.

Apesar de nenhuma lei em Israel proibir suas músicas de serem tocas no país, orquestras e salas evitam fazê-lo devido aos protestos e confusões que marcaram apresentações no passado. Os regentes Zubin Mehta e Daniel Barenboim foram censurados publicamente por vítimas do Holocausto porque colocaram obras de Wagner em seu repertório.

A venda na terça-feira da carta manuscrita, datada de 25 de abril de 1869 e dirigida ao filósofo francês Edouard Schure, poderia trazer à tona o debate sobre o polêmico compositor em Israel.

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Wagner escreveu na carta que a assimilação dos judeus na sociedade francesa impede a observação da “corrosiva influência do espírito judaico na cultura moderna”, acrescentando que os franceses sabem “muito pouco” sobre os judeus.

Meron Eren, cofundador e dono da casa de leilões Kedem, que venderá a carta, disse que era a primeira vez que lidava com um artigo de Wagner.

“Wagner se reviraria no túmulo” se soubesse que um judeu barbudo em Jerusalém vai lucrar com sua carta, disse Eren.

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