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Bitaca da Leste é o melhor boteco de Belo Horizonte

Misto de bar e vendinha, o acanhado estabelecimento em Santa Tereza é um paraíso para quem busca sossego

Por Daniel Salles, Rafael Rocha, Juliana Koch, Juliana Soares, Lígia de Matos, Marcus Celestino, Mariana Celle e Rafaela Matias
Atualizado em 9 dez 2017, 12h55 - Publicado em 9 dez 2017, 04h00

O nome não é à toa. Como em qualquer vendinha do interior, ou bitaca, como se diz no norte de Minas, suas prateleiras estão repletas de mantimentos, entre eles queijo da Serra da Canastra (R$ 60,00 a peça), açúcar mascavo (R$ 7,50, 500 gramas) e geleia de jabuticaba (R$ 18,00). Instalado num minúsculo imóvel de esquina, o bar acomoda umas doze pessoas do lado de dentro e, em banquinhos de metal, o mesmo tanto na calçada. É um daqueles endereços para quem quer prosear sem precisar falar alto ou só quer escutar MPB no sossego. A trilha sonora emana de uma vitrola antiga, na qual se revezam discos de baluartes do gênero como Chico Buarque. A conversa é movida principalmente a chope Santê (R$ 12,00, 300 mililitros), um IPA levinho da marca local Protótipo Brew, e a chope pilsen da cervejaria Ouropretana (R$ 7,00, 300 mililitros). As cachaças com o rótulo da casa, produzidas no município de Turmalina, saem entre R$ 5,00 e R$ 7,00 a dose. A pequena cozinha, que de terça a quinta funciona só a partir das 18h, é comandada pelo proprietário, o chef Luiz Paulo Mairink, de 34 anos. A carne de sol com farofa de ovos, vinagrete de feijão-verde e mandioca na manteiga de garrafa (R$ 49,00) serve duas pessoas e está entre suas especialidades. Para tapear a fome, ele sugere porções de bolinhos de arroz com queijo ou de feijoada (R$ 20,00 cada uma, com seis unidades). Às sextas, no almoço, há feijoada a R$ 20,00. Rua Salinas, 2421, Santa Tereza, ☎ 3789-3784 (24 lugares). 14h/22h (sex. abre 12h; sáb. 12h/16h; fecha dom. e seg.). Aberto em 2014.

2º lugar: Köbes
O aconchegante boteco fica na garagem da família que administra o negócio. Com 390 rótulos, a carta de cachaças está entre as maiores da capital. A dose da Piragibana safra 1981, produzida em Salinas, sai a R$ 35,00. Também há chopes próprios, como o Köbes Bier American IPA (R$ 10,90). Um dos petiscos mais pedidos, a linguiça suína aberta é feita na chapa com queijo prato e cebola (R$ 28,50). Da cozinha também saem carnes nobres, como costela e picanha de javali na brasa, acompanhadas de farofa de mandioca com alho (R$ 22,50 e R$ 23,60 cada 100 gramas). Rua Professor Raimundo Nonato, 31A, Horto, ☎ 3467-6661 (100 lugares). 18h/23h30 (sáb. 12h/23h30, dom. e feriados 12h/17h; fecha seg.). Aberto em 1998.

3º lugar: Juramento 202
“Pedidos são no balcão.” “Mão na vitrola não rola.” “Se der, traz o copo pra gente?” Escritas numa viga, as frases resumem a proposta despojada do bar, cuja trilha sonora, em vinis, é composta de nomes como Jorge Ben Jor e Luiz Melodia. Instalado num acanhado imóvel de esquina dos anos 1930, onde antes funcionava uma oficina de motos, dispõe de apenas meia dúzia de mesas baixas e altas. Como elas lotam mal a casa abre as portas, não há quem se importe em permanecer de pé na calçada ou até mesmo na rua ao lado, que costuma ficar congestionada de clientes nas tardes de sábado. Na parte interna, dez torneiras de chope jorram líquido produzido pela microcervejaria do bar, a Viela, localizada a 200 metros dali, e outras artesanais mineiras. São boas pedidas o equilibrado session IPA da casa, o amber lager Golden Trap da Mantrap e o suave pilsen da Nørka. A seleção muda semanalmente, mas os preços são os mesmos para todos os chopes: R$ 5,00 o copo de 280 mililitros e R$ 7,00 o de 350 mililitros. As cifras camaradas ajudam a explicar o sucesso do empreendimento e os 2 000 litros vendidos por mês, volume que tem esgotado a capacidade de produção da Viela e motivou uma expansão, prevista para o ano que vem. Dispostas sobre o balcão, duas máquinas antigas de fatiar são usadas no preparo de tábuas de queijo da Serra da Canastra, picanha curada, pernil e copa (R$ 12,00, 100 gramas). O pão de malte ou a meia baguete custam R$ 5,00 cada um. Um desses frios e um desses pães podem ser usados no preparo de um sanduba, que leva ainda molho barbecue de pimenta-biquinho, pesto ou chimichurri (R$ 12,00). Para quem quer petiscar, este bar com cara de venda antiga dispõe de potes de azeitona preta, picles de pepino, jiló ou alho, que custam R$ 6,00 (o pequeno) ou R$ 8,00 (o grande). Rua Juramento, 202, Pompeia. Não tem telefone (28 lugares). 18h/0h (sáb. abre 14h; dom. 13h/20h; fecha seg. e ter.). Aberto em 2017.

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