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Alerj cancela tombamento da casa de shows Canecão, no Rio

Autores do projeto dizem que medida visa permitir reformas no lugar e ajudar a UFRJ, detentora do espaço, a arrecadar verbas

Por Estadão Conteúdo 5 jun 2019, 01h58

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou, nesta terça-feira 4, o projeto de lei 619/19, que cancela o tombamento da casa de shows Canecão, em Botafogo (zona sul do Rio). Agora, o governador Wilson Witzel (PSC) terá 15 dias para sancionar ou vetar o texto.

De acordo com os autores do projeto, os deputados André Ceciliano (PT) e Rodrigo Amorim (PSL), a proposta vai permitir que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a quem o espaço pertence, arrecade novas receitas. Ceciliano afirmou que a UFRJ tem um projeto de ocupação das áreas da universidade que estão sendo acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

“A proposta é de ceder cerca de 450 mil metros quadrados em áreas da UFRJ, e em contrapartida será criada uma casa de espetáculo de 1.500 lugares, além de investir no hospital universitário e na construção de mais equipamentos para a própria universidade”, destacou o presidente da Alerj.

Segundo ele, o projeto aprovado favorece a iniciativa do BNDES de buscar parceiros para ocupação de áreas da UFRJ por 50 anos. “Ao final desse período (de 50 anos), a área volta a ser patrimônio da universidade. Hoje votamos para revogar o tombamento em favor da construção no local de uma nova casa de espetáculos, que pode se chamar Canecão ou não, que pode ser administrada pela UFRJ ou não, mas o que a gente quer é que aquela área seja ocupada o mais rápido possível”, afirmou Ceciliano.

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Para Amorim, o tombamento era um obstáculo. “Não se pode fazer nenhuma reforma, nenhuma modernização. Então o primeiro passo que a Alerj dá para devolver o Canecão para o povo do Rio de Janeiro é destombar o espaço”, explicou.

A diretora do projeto de valorização dos ativos imobiliários e coordenadora de relações externas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nadine Borges, defendeu o projeto e disse que a instituição pretende fazer uma licitação segundo a qual a principal contrapartida será a construção de um equipamento cultural sob gestão da universidade.

“O tombamento impede que a gente faça qualquer negócio naquela área. A ideia é devolver um equipamento cultural para a cidade. A UFRJ vai ceder alguns terrenos e, como contrapartida, a empresa ganhadora da licitação vai ter que construir um equipamento cultural, além de um alojamento para mais de mil estudantes, três restaurantes na ilha do Fundão que, somados ao refeitório da praia vermelha, servirão oito mil refeições por dia. Uma possibilidade real de incrementar a assistência estudantil, considerando o perfil socioeconômico dos nossos alunos”, afirmou Nadine.

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