Greve de alunos e professores, além de problemas de infraestrutura, faz reitoria cogitar suspensão temporária do vestibular
Por Da Redação
4 set 2012, 11h27
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1/32 Local onde ficará o prédio principal do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Obra que deveria ter sido entregue em 2010 está prevista apenas para 2015. (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
2/32 No terreno acima está prevista a construção de um prédio acadêmico. Em 2007, quando começaram as atividades no campus, o plano previa a entrega do edifício no segundo semestre deste ano. A obra, no entanto, ainda nem foi licitada (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
3/32 Ao fundo, refeitório do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) funciona de forma improvisada em um galpão (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
4/32 Fachada do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
5/32 No campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o refeitório funciona em um galpão. Nota-se buracos na parede do local, comprometendo a higiene da cozinha (Lectícia Maggi/VEJA/VEJA)
6/32 Paredes mofadas e alimentos armazenados de forma precária no refeitório do campus de Guarulhos da Unifesp. Foto tirada em junho/2012 (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
7/32 Imagem mostra dispensa do refeitório do campus de Guarulhos com buracos na parede. Foto tirada em junho/2012. (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
8/32 Alunos afirmam que refeitório do campus de Guarulhos da Unifesp é insuficiente para o número de alunos (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
9/32 Alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Diadema têm aula em um prédio alugado, no centro da cidade (Lectícia Maggi/VEJA/VEJA)
10/32 Sala de informática da unidade Antonio Doll , do campus de Diadema da Unifesp, tem apenas três computadores (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
11/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
12/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
13/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída. Em 2008, a previsão era que de tudo estivesse concluído em 2009 (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
14/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
15/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
16/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
17/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
18/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
19/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
20/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
21/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra o atraso na entrega da obra (Reprodução/VEJA/VEJA)
22/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
23/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
24/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
25/32 Foto tirada pelo sindicato dos professores em novembro de 2011 mostra uma laboratório improvisado em um dos banheiros do campus de Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com o diretor do campus, Vinícius Barcellos, a situação permanece inalterada até hoje (Reprodução/VEJA/VEJA)
26/32 Foto do início do mês de junho mostra a situação das obras do campus de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Construção foi inciada em 2008 e até hoje não foi concluída (Reprodução/VEJA/VEJA)
27/32 Universidade funciona nas instalações de uma antiga escola rural da região (Reprodução/VEJA/VEJA)
28/32 Entrada do campus de Benjamin Constant da Universida Federal do Amazonas (Ufam) (Reprodução/VEJA/VEJA)
29/32 Inaugurada em 2007, universidade ainda utiliza as instalações de uma antiga escola rural por falta de instalações próprias (Reprodução/VEJA/VEJA)
30/32 Obras no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Rio das Ostras (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
31/32 Instalações improvisadas no campus da UFF: universidade foi a que mais abriu vagas no estado do Rio (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
32/32 Material estocado em contêineres: equipamentos que deveria aparelhar os prédios da universidade não podem ser usados (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) avalia cancelar o ingresso de novos alunos no campus de Guarulhos no início de 2013. Segundo informações da assessoria de imprensa da instituição, essa é uma das alternativas cogitadas pelo reitor, Walter Albertoni, em razão da greve dos estudantes da unidade, que durou cinco meses. “Os alunos que entraram neste ano tiveram apenas duas semanas de aula, o mais lógico é pular um ano. Podemos até fazer processo seletivo agora, mas para os estudantes ingressarem mais tarde”, afirmou.
O retorno às aulas no campus está marcado para o próximo dia 10 e professores terão de repor todas as aulas perdidas. Entre os dias 25 de maio de 17 de agosto, docentes também interromperam as atividades em razão da greve nacional das instituições federais – que contou com a participação de 57 de 59 faculdades federais. No momento, 48 universidades ainda estão total ou parcialmente sem aula.
Além do comprometimento do calendário escolar, em razão da greve de alunos e professores, o campus de Guarulhos sofre com a falta de infraestrutura. Para o próximo semestre, professores avaliam que não haverá condições de garantir adequações físicas a todos os estudantes.
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O prédio principal de Guarulhos, que deveria ter sido entregue no segundo semestre de 2010, ainda sequer foi licitado. A última tentativa de licitação, realizada há uma semana, fracassou. Conforme a Unifesp, nenhuma das 11 construtoras que realizaram vistoria na unidade respondeu à convocação para abertura dos envelopes de orçamento. Desta forma, ainda não há previsão para início da obra.
Apesar de ser a principal alternativa levantada pela Unifesp, a decisão de cancelar a entrada de novos alunos ainda deve ser oficializada pelo Conselho Universitário até o dia 31 de outubro. Depois disso, é preciso que o Ministério da Educação (MEC) autorize alterações no processo seletivo.
Futuro do campus – Em razão das queixas da comunidade acadêmica, um ciclo de debates discute, até quarta-feira, o futuro da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), nome oficial da unidade de Guarulhos. O evento foi motivado pelo envio à reitoria, por parte dos docentes, de um dossiê pedindo que a Unifesp deixe Guarulhos e se instale no centro da cidade de São Paulo. Os debates são realizados por uma comissão especial, composta por representantes de alunos e professores dos seis cursos ministrados no campus, além de acadêmicos de outras instituições. Albertoni já descartou a ideia de retirar a Unifesp da cidade, mas afirmou que alguns cursos podem ser transferidos se houver necessidade.