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Webjet dá o primeiro passo para abrir capital

A empresa aérea de baixo custo entrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com um pedido de registro inicial de companhia aberta

Por Benedito Sverberi
18 fev 2011, 11h38

A companhia aérea Webjet Linhas Aéreas entrou com pedido de registro inicial de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ou seja, abrirá capital na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo o prospecto da operação, serão ofertados certificados de depósito de ações (units), equivalentes, cada um, a uma ação ordinária (ON, que dá direito a voto) e cinco ações preferenciais (PN, sem direito a voto). Os coordenadores da operação serão os bancos JP Morgan, Bradesco BBI e Citi. Ainda não há data para a realização do negócio na Bovespa, nem estimativa do quanto a direção pretende captar. O pedido na CVM tem data de 15 de fevereiro.

A Webjet foi criada em 2005 e, segundo informações do site da companhia, desde sua criação, 9 milhões de passageiros já voaram com a empresa. Em 2007, passou a ser controlada pela GJP Participações, holding comandada por Guilherme Paulus, acionista da CVC Turismo.

No prospecto da operação, a companhia aérea afirma ser a de menor custo e menor tarifa média do Brasil. A empresa diz ainda possui a menor estrutura de custos do setor na América do Sul e Central, o que lhe permite ser competitiva. Seu modelo de negócios ‘low cost’ seria baseado, segundo o documento, nas mais bem-sucedidas empresas aéreas de baixo custo do mundo, como a Ryanair. Tal estratégia resultou num aumento de participação no mercado doméstico em receita por passageiro-quilômetro transportado (RPK) de 0,8% em 2007 para 5,9% em 2010, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A Webjet atua hoje em 43 rotas com 154 voos domésticos diários. Em 2010, a empresa transportou aproximadamente cinco milhões de passageiros, o que implicou um aumento de 82% em relação a 2009. Um total de 23 aeronaves Boeing 737-300 compõe sua frota. A companhia aérea destaca ainda, no documento enviado à CVM, que planeja adicionar sete aeronaves Boeing 737-300 à frota, totalizando 30 aeronaves até o final do ano.

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O prospecto da oferta pública destacou ainda que o Brasil foi um dos mercados de aviação com crescimento mais rápido no mundo entre 2001 e 2009. De acordo com a Airbus e a Anac, o RPK no mercado brasileiro aumentou 8,4% ao ano no período, contra 1,3% na América do Norte e 6,6% na Ásia. Segundo a Anac e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), somente nos últimos dois anos, o RPK no mercado nacional registrou elevação de 23,5%. Estimativa da Boeing, citada no documento, aponta que o mercado latino-americano será uma das regiões com maior expansão no setor em todo planeta entre 2010 e 2029, com 6,9% de crescimento ao ano, ante 3,4% na América do Norte e 5,3% na média global.

Transtornos em 2010 – Em setembro do ano passado, uma série de cancelamentos de vôos e atrasos levou a Anac a determinar a suspensão da venda de passagens aereas da companhia por uma semana. O site de VEJA apurou, na época, que os transtornos foram causados por uma combinação de quadro de funcionários apertado, pedidos de demissão e a quebra de um simulador de voo. Em outubro, a companhia anunciou a contratação de 42 novos funcionários (copilotos e comissários) que ajudariam a evitar futuros problemas, além de ter garantido que outros 100 seriam incorporados aos quadros da companhia até o final do ano.

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