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Entenda o que fez as bolsas de valores desabarem pelo mundo

Dados sobre o mercado de trabalho americano motivaram investidores a vender ações prevendo maior atratividade dos títulos de dívida dos Estados Unidos

Por Da redação
Atualizado em 6 fev 2018, 18h51 - Publicado em 6 fev 2018, 16h39

As principais bolsas de valores da Ásia, EuropaSão Paulo registraram fortes quedas após as ações de empresas americanas desabarem na segunda-feira 5. O movimento é reflexo da expectativa de que os Estados Unidos aumentem o ritmo da alta de juros, atraindo dinheiro investido nas empresas em vários países para o Tesouro americano.

Com a maior oferta de papéis das empresas dos EUA, o preço cai. “Todos sabiam que ia ter uma realização [venda de ações para lucrar] no mercado. Mas é igual criança: fica todo mundo na beira da piscina para ver quem vai pular primeiro”, compara Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da corretora Nova Futura Investimentos.

Na segunda-feira, o índice americano de ações Dow Jones caiu 4,6% a 24.354 pontos, o S&P 500 perdeu 4,10%, a 2.648 pontos, e o Nasdaq recuou 3,78%, a 6.967 pontos. Os índices S&P 500 e Dow sofreram suas maiores quedas porcentuais desde agosto de 2011, com o aprofundamento de um esperado ajuste de máximas recorde.

Por aqui, apesar de o Ibovespa também ter reagido negativamente ao pregão americano de segunda-feira, especialistas acreditam que as ações de empresas brasileiras devem subir ao longo do ano. A análise é de que fatores como a volta do consumo das famílias devem aquecer a economia. Em relação aos juros, os economistas estimam que o Copom, do Banco Central, vá reduzir novamente a taxa – para 6,75% – na  quarta-feira, por conta da inflação em patamar baixo.

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Os títulos da dívida americana são altamente atrativos por serem considerados investimentos seguros. Mas as taxas de juros pagas por eles foram bastante reduzidas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em resposta à crise de 2008, chegando próximas a zero. O objetivo era produzir incentivos para que o dinheiro dos investidores migrasse para as empresas.

Em resposta à crise, a instituição também fez um programa de compra de ativos de bancos (quantitative easing), que estavam altamente endividados e corriam risco de quebrar e prejudicar a economia como um todo. Isso também colocou mais dinheiro no mercado.

Desde o fim de 2016, o  Fed vem sinalizando que vai reduzir sua carteira de títulos públicos e aumentar a taxa de juros. Mas o mercado reagiu mais fortemente a essa perspectiva a partir da última sexta-feira, após o Ministério do Trabalho americano divulgar informação de que a criação de vagas ficou acima do esperado. Outro dado é que os salários tiveram alta, o que pode causar aumento nos preços. O Fed ajusta os juros de olho tanto no mercado de trabalho quanto na inflação.

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