Incerteza no cenário externo faz dólar subir 0,6%, alcançando os R$ 4,10
Ibovespa encerrou o dia praticamente estável, com queda de 0,01%, fechando aos 104.531 pontos na expectativa do Copom
O dólar comercial teve aumento de 0,61% frente ao real, ficando em 4,10 reais para a venda nesta quarta-feira, 18. Apesar do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), colegiado do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), ter cortado a taxa de juros no país em 0,25 pontos porcentuais nesta quarta-feira, conforme a expectativa do mercado, o banco se mostrou comedido e não deixou claro quais serão os próximos passos acerca da política monetária nos EUA. Essa incerteza impulsionou o dólar em relação ao real.
A taxa de juros dos Estados Unidos caiu do intervalo de 2,25% a 2% para entre 1,75% e 2%. Nos últimos meses, o mercado e o governo, este último principalmente na figura do presidente Donald Trump, pressionaram o Fed para um corte maior na taxa. “Mesmo com a queda de juros, os mercados ainda estão apreensivos e procurando lugares seguros para investir, por isso ficam aversos ao risco, o que eleva o valor da moeda americana diante o real”, afirma Reginaldo Galhardo, gerente de Câmbio da Treviso Corretora.
Ademais, por meio de uma intervenção que não era vista desde a crise financeira de 2008, o Federal Reserve injetou na manhã desta quarta-feira 75 bilhões de dólares em estímulos financeiros, comprando títulos do tesouro e de agências estatais para fornecer liquidez a bancos com problemas de caixa.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o pregão desta quarta praticamente estável, com queda de 0,01%, fechando aos 104.531 pontos. O pregão foi influenciado também pelas decisões tomadas pelo Federal Reserve. Somado a isso há a expectativa da decisão do Copom deve anunciar no início da noite nesta quarta-feira o corte da taxa básica de juros, a Selic.
A expectativa do mercado é que o corte seja de 0,5 ponto percentual, atingindo 5,50% ao ano. Investidores esperam que o Copom adote política monetária pautada pelo corte nos juros, seguindo a mesma linha adotada pelos bancos centrais americano e europeu.