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Galípolo reforça que o BC “está aberto” à decisão sobre a taxa básica Selic

Provável sucessor de Roberto Campos Neto, presidente do BC, disse que a função da autoridade monetária é ser "o chato da festa"

Por Leticia Yamakami 19 ago 2024, 15h20

Nesta segunda-feira, 19, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, falou que “o cenário é ainda mais desconfortável [para o Banco Central] para a condução da política monetária com o mercado projetando uma inflação mais alta e juros mais elevados à frente”.

Palestrante no evento Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, em Belo Horizonte,  Galípolo, que é o favorito para a vaga de sucessor de Roberto Campos Neto, presidente do BC, também afirmou que o BC está esperando capturar o máximo de dados.  Até sua próxima decisão de política monetária vai observar indicadores como IPCA, Caged e Pnad, além de números da economia norte-americana e falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell.

“O Banco Central vai estar sempre na posição de não tomar risco. Do ponto de vista das variáveis, seria um equívoco tentar antecipar a decisão que o BC vai tomar olhando apenas uma variável. Temos uma série de dados que precisam ser analisados”, reforça.

A instituição vai aguardar as próximas quatro semanas até o próximo encontro do Conselho de Política Monetária (Copom) em setembro para obter esses dados e “estar aberto” à decisão sobre a taxa básica Selic. Os fatores de avaliação englobam as projeções de crescimento da economia do país revisadas sistematicamente para cima, o baixo nível de desemprego, o crescimento da renda e o câmbio.

Galípolo reforçou que toda a diretoria do BC está disposta a elevar a taxa básica de juros se necessário. “Todos nós entendemos como um êxito a possibilidade que as pessoas possam ganhar mais dinheiro. Ninguém tem sentimento perverso de torcer pelo contrário. Mas a função é tomar cuidado para que esses fatores não provoquem um desarranjo, que cause crescimento da demanda muito acelerado em relação à oferta e isso possa gerar algum tipo de pressão inflacionária, que vai no fim do dia corroer o ganho de poder aquisitivo que a população esteja tendo. O diretor do BC disse que “a função do BC é ser o chato na festa. Quando a festa está ficando legal, pede para os outros abaixarem o volume”.

O próximo encontro do Copom do BC ocorre nos dias de 17 e 18 de setembro. A taxa Selic está atualmente em 10,50% ao ano e alguns agentes financeiros já projetam elevação da taxa básica já no próximo mês, decorrente do avanço do dólar em detrimento do real e da desancoragem das expectativas de inflação em meio a um mercado de trabalho aquecido.

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