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E-commerce aumenta mão de obra temporária por demanda de fim de ano

Segundo a consultoria Page Interim, uma em cada três vagas temporárias de fim de ano é para lojas online; tempo de contrato do varejo virtual é mais longo

Por Larissa Quintino Atualizado em 9 dez 2020, 01h55 - Publicado em 8 dez 2020, 11h56

O quarto trimestre do ano é um período tradicional de contratações. Com o aumento do movimento para compras de Natal, empresas do setor de serviços — em especial o varejo — lançam mão de reforçar o quadro de funcionários com temporários para suprir a demanda. Neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus e à mudança nos hábitos de consumo, as empresas têm contratado temporários para reforçar o e-commerce no fim de ano. Segundo a consultoria Page Interim, unidade de negócio do PageGroup especializada em recrutamento, seleção e administração de profissionais terceirizados e temporários, neste ano, uma em cada três vagas de trabalho temporário de fim de ano é de companhias que atuam no ambiente on-line.

“Como o brasileiro passou a utilizar a internet com maior frequência durante a pandemia para fazer suas compras, esse canal obteve crescimento expressivo ao longo do ano. Como a expectativa é de que boa parte das compras continue sendo feita pela web, as empresas que atuam nesse segmento estão oferecendo mais oportunidades para temporários neste ano. É um cenário completamente diferente do que havíamos acompanhado até hoje”, explica Maira Campos, diretora da Page Interim. “No ano passado as vagas on-line representavam menos de 10% do nosso volume total”, avalia.

As vagas para o varejo digital, segundo a consultoria, são disseminadas e para diversos setores da cadeia do e-commerce: vendas, catálogo, apoio à logística, atendimento e suporte. Por isso, há oportunidade para diversos tipos de escolaridade. Em comum, as empresas procuram perfis jovens e com facilidade para tecnologia.

De acordo com a Page Interim, os contratos temporários do varejo on-line têm mais tempo de duração do que o varejo tradicional, que se concentra nos meses de festa. As vagas do e-commerce costumam durar tempo médio de duração entre seis a nove meses. Além disso, a expectativa de retenção de temporários para as plataformas online é mais longa. Com a aceleração do uso da tecnologia devido a pandemia do novo coronavírus, o e-commerce tem se consolidado. Só no primeiro semestre deste ano, o comércio eletrônico cresceu 47% no primeiro semestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019, segundo pesquisa da Ebit|Nielsen.

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A consultoria de RH Luandre estima o crescimento de 275% nas vagas temporárias de logística, por conta do e-commerce. “A pandemia motivou transformações significativas na forma de consumo da população, o que indica que estes setores tendem a evoluir e permanecer contratando, mesmo após a crise”, afirma Gabriela Mative, Superintendente de Seleção da empresa.

Mercado de trabalho

A contratação de temporários no fim de ano é um dos principais motores na geração de emprego deste período. Tanto que o Caged, medido pelo Ministério da Economia, registrou recorde de saldo de vagas em outubro deste ano, com 400 mil vagas criadas.  Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), o fim do ano deve demandar a contratação de cerca de 220 mil temporários. Nos meses de setembro e outubro foram geradas 351.600 vagas temporárias, o que representa mais de 77 mil trabalhadores efetivados, afirma a associação.

O trabalhador temporário é um profissional contratado com carteira assinada por um tempo determinado. Segundo a legislação, esse tempo pode ser de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, ou seja, entre seis e nove meses. Esse profissional têm direito ao recolhimento de verbas como FGTS, proporcional de 13º salário e férias. A mão de obra temporária é contratada por meio de uma empresa terceira.

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