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Dólar dispara com cenário internacional e fecha semana a 5,6820 reais

No ano, a valorização foi de 9,5% em relação ao real; títulos públicos americanos contribuem com alta, pressionando principalmente as moedas dos emergentes

Por Luisa Purchio 5 mar 2021, 20h22

Pressionado pela alta do rendimento dos Títulos Públicos americanos, o dólar fechou em forte alta global nesta sexta-feira, 5. Em relação ao real, a moeda fechou em alta de 0,39%, a 5,6820 reais. No ano, a valorização da moeda americana em relação à brasileira é de 9,5%. A alta ocorre devido à expectativa sobre o crescimento da inflação e da economia americana em 2021, confirmada pelos dados do emprego americano positivos divulgados nesta manhã. Incluindo o pacote de 1,9 trilhão de dólares na reta final de aprovação no Congresso americano, o risco inflacionário se torna ainda maior.

O DXY, índice que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas, principalmente o euro, encerrou o dia em alta de 0,34%, a 91.941 pontos, o patamar mais alto desde novembro de 2020. Já os Títulos Públicos dos Estados Unidos para 10 anos, considerados os ativos mais seguros do mundo, estavam em alta de 1,26%, para 1,570% de rentabilidade. Esse patamar é o mais alto desde dezembro de 2019 e reflete uma preocupação do mercado financeiro com a disparada da inflação no país. Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou pela primeira vez desde a pandemia da Covid-19 que a alta é “algo que foi notável e que chamou minha atenção”.

Powell reafirmou que monitora a inflação e que não a deixará crescer descontroladamente, porém, o mercado financeiro teme que em breve o Fed possa começar a endurecer a sua política monetária de estímulos à economia e subir os juros. A meta de média anual da inflação do Fed é de 2%. No dia 26 de fevereiro, foi divulgado em 1,5% o PCE núcleo de janeiro, índice usado pelo banco central americano para medir a inflação e que não considera a alta dos combustíveis e dos alimentos. No final do março, será publicado o índice para fevereiro, mas indicadores como o emprego já estão antecipando que o número pode vir com um aumento considerável.

Apesar da maior atratividade nos títulos públicos americanos, o mercado de ações continua chamando a atenção dos investidores, com potencial de crescimento devido aos estímulos do Fed. Com isso, na semana o S&P 500 fechou em alta de 0,8% na semana e o Dow Jones em +1,82%. Já a Nasdaq, a bolsa de tecnologia, encerrou em queda de 2,06%.

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No Brasil, o otimismo com a PEC Emergencial conseguiu recuperar um pouco das perdas do Ibovespa causadas pelas interferências de Bolsonaro na Petrobras. Na semana, as bolsas brasileiras acumularam alta de 4,69%. Enquanto na sexta-feira passada elas encerraram o pregão um pouco acima dos 110 mil pontos, nesta sexta-feira 5 ela conseguiu superar os 115 mil pontos e em alta de 2,23% na variação diária. A Cogna, a Petrorio e a Natura estão entre as maiores altas do dia, enquanto a B2W, Copel e Lojas Americanas estão entre as principais quedas.

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