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Dólar cotado abaixo de R$ 2,00 dura pouco

Após declaração de diretor do Banco Central, moeda passa a subir e fecha o pregão com valorização de 1,58%, para 2,0189 reais

Por Da Redação
3 jul 2012, 18h02

O dólar cotado abaixo de dois reais – patamar que foi atingido nesta segunda-feira e que não era visto desde 29 de maio – durou pouco. A moeda americana, que abriu o pregão desta terça-feira em queda, oscilou bastante durante o dia e fechou em alta de 1,59%, para 2,0189 reais. Com este desempenho, a divisa acumula alta de 0,45% na semana e de 8,05% no ano. Na BM&F, o dólar à vista encerrou o dia a 2,002 reais (+0,75%) e o contrato futuro de agosto era cotado a 2,021 reais, com apreciação de 1,50%, às 17h47 horas.

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O fator que inverteu a tendência de declínio da moeda foi uma declaração do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes. Para surpresa do mercado, ele declarou que o BC pode atuar também na compra de dólares.

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Até meio-dia, o dólar avançava 0,43%, para 1,9960 real, mas ainda abaixo do patamar de dois reais. Na mínima desta terça-feira, a moeda chegou a ser cotada a 1,9783 real. Foi então que Mendes afirmou a jornalistas que a retomada dos leilões de compra da divisa é uma possibilidade que está em aberto. “Sempre estamos de olho nas condições de liquidez do sistema”, disse o diretor.

Ao afirmar que o BC pode atuar tanto na compra quanto na venda de dólares, o humor dos investidores mudou por completo. Até então, o mercado acreditava que a autoridade monetária agiria apenas para prover o país de dólares. A última vez em que o BC atuou na ponta compradora, adquirindo moeda no mercado à vista, foi em 27 de abril, quando o dólar estava cotado pouco abaixo de 1,90 real.

Indústria – Mendes disse que o cenário observado na indústria aponta para a necessidade de um dólar mais alto que o atual patamar. Os investidores, então, entenderam que o diretor estava “defendendo no grito o piso de 2 reais”. “O mercado entendeu que a equipe econômica não quer a moeda norte-americana abaixo desse valor”, disse o operador da Corretora Renascença, José Carlos Amado.

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Com a intervenção verbal, somada às últimas atuações feitas pelo BC por meio dos leilões de swaps cambiais, que equivalem à venda de moeda, a maioria dos analistas criou a percepção de que a banda informal do dólar, na atual situação de mercado, é de 2 reais a 2,10 reais. “A sinalização clara foi de que o dólar ao redor de 2 reais é bom para o país e para a indústria. Além disso, é uma cotação que ainda não contaminou os índices de preços e, portanto, parece um patamar confortável”, disse o analista de mercados emergentes da Icap do Brasil, Filipe Brandão.

Mas há discordâncias que podem gerar volatilidade nos próximos pregões. Para o operador da Interbolsa Brasil, Ovídio Pinho Soares, “o medo é que o BC alongue o teto”. Ele acredita que o mercado vai testar essa “elasticidade” e vê a possibilidade de isso ocorrer nesta quarta-feira. “O mercado hoje está contaminado e fica a incerteza para amanhã que é feriado nos EUA”, afirmou.

Exterior – A trajetória é contrária ao comportamento registrado no exterior, onde a queda no sentimento de aversão ao risco favoreceu ativos de risco, entre eles moedas emergentes e o euro. Há pouco, a moeda única valia 1,2609 dólar ante 1,2573 dólar no final da tarde desta segunda-feira, em Nova York.

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(com Agência Estado)

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