Bovespa segue otimismo externo e tem 3ª alta seguida
Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos ajudaram a manter o Ibovespa no azul
A ausência de notícias ruins e a expectativa de que novas medidas de estímulo possam ser adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra (BoE) contribuíram para a Bovespa encerrar em alta pelo terceiro dia seguido e de volta aos 55 mil pontos. A boa performance das blue chips – Petrobras e Vale – e das ações de siderúrgicas e de bancos também ajudaram a puxar a Bolsa para cima. Apesar dos mercados em Nova York terem fechado mais cedo, em razão do feriado do Dia da Independência na quarta-feira, a Bolsa seguiu a tendência internacional.
O Ibovespa encerrou com valorização de 1,99%, aos 55.780,32 pontos. Na mínima, o índice ficou praticamente estável aos 54.704 pontos (+0,02%) e, na máxima, 56.228 pontos (+2,81%). No mês, o índice apura ganho de 2,62%. No ano, no entanto, a performance ainda é negativa, -1,72%. O giro financeiro ficou em 7,306 bilhões de reais.
Um operador lembrou que há boas opções de compra no mercado. “Se você pensar no longo prazo, há boas oportunidades. Há papéis bons que apanharam muito, mas é preciso ter paciência”, disse a fonte.
As ações da Petrobras fecharam em alta, acompanhando a performance do petróleo no mercado internacional. O papel ON subiu 3,91% e o PN, 3,43%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em agosto encerrou com valorização de 4,7%, a 87,66 dólares o barril. A commodity subiu em meio às renovadas tensões sobre o Irã e à greve do setor na Noruega.
Já Vale pegou carona no preço dos metais e também nos ganhos do setor de siderurgia. A ação ON registrou valorização de 1,89% e a PNA, 1,87%. Entre as siderúrgicas, Usiminas PNA 8,32%, Gerdau Metalúrgica PN 0,90% e CSN PN, 4,50%. Os papéis reagem a rumores de que o setor conseguiu repassar um aumento de preços de 8,5% neste mês, em razão da alta do preço do dólar.
Entre os bancos, Bradesco subiu 2,57%, Itaú Unibanco avançou 2,01% e as units do Santander ganharam 0,97%.
As ações da OGX, que vinham em trajetória de recuperação desde sexta-feira, voltaram a cair, fechando em queda de 2,38%.
Já o lado negativo foi comandado pelo setor elétrico, que refletiu a notícia da véspera, de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou redução média em 9,33% nos valores da contas de luz cobradas pela Eletropaulo, de acordo com o 3º Ciclo de Revisão Tarifária Periódica do setor. Com isso, o papel da empresa caiu 10%. Também tiveram performance negativa CPFL ON -3,31% e Cesp PNB -1,89 – todas foram destaque de queda do índice.
Em Nova York, as bolsas fecharam às 14 horas em alta. O Dow Jones ganhou 0,56%, o S&P 500 subiu 0,62% e o Nasdaq, 0,84%.
(Com Agência Estado)