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Dólar fecha abaixo de R$ 2 nesta segunda-feira

Patamar não era atingido desde 29 de maio; moeda reage a otimismo na Europa, atuações do BC e desmonte de posições compradas de câmbio

Por Da Redação
2 jul 2012, 17h02

O primeiro dia útil do segundo semestre do ano foi de dólar em baixa ante o real, em oposição ao movimento da moeda norte-americana ante inúmeras divisas no exterior. O mercado de câmbio agiu, contudo, em linha com o que ocorreu com outras moedas mais suscetíveis ao risco, ainda que a magnitude da queda tenha sido mais acentuada no caso brasileiro.

No balcão, o dólar à vista encerrou a 1,989 real, com queda de 1,04%, abaixo de dois reais e no menor nível desde 29 de maio, quando a moeda ficou em 1,987 real. Na mínima desta segunda-feira, o dólar foi a 1,9850 e, logo na abertura, marcou 2,0140 reais, a máxima cotação do dia. Na BM&F, a moeda spot fechou em 1,9870 real, na mínima, com queda de 1,24%. O giro financeiro total somava 1,642 bilhão de dóalres um pouco depois das 16h30. Há pouco, o dólar para agosto de 2012 estava em 1,998 real, com recuo de 1,14%.

O comportamento desta segunda implicou a continuidade do movimento de queda ante o real, em meio às recentes atuações do Banco Central no mercado de câmbio para frear valorizações excessivas da divisa dos Estados Unidos. Na sexta-feira, a divisa já havia despencado mais de 3% diante da euforia nos mercados acionários com o acordo fechado pelos líderes da União Europeia, além da atuação do Banco Central por meio de leilões de swap tradicional – operação que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro.

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Otimismo com a Europa – Se de um lado os dados de atividade industrial no exterior sinalizam perspectiva ainda turva para o crescimento global, as visões mais pessimistas sobre a União Europeia ficaram um pouco mais distantes com o resultado da recente reunião de cúpula – um fator que contribuiu para o desempenho do dólar por aqui. Operadores também citaram um movimento de desmonte de posições compradas em dólar futuro, ante os níveis da sexta-feira, alimentado, em grande medida, pelo entendimento de que o governo se mostra inclinado a continuar utilizando ferramentas para impedir desvalorização excessiva do real.

É importante notar que o declínio do dólar ante o real acompanhou o desempenho da divisa norte-americana em relação à rupia, que registrou o maior nível desde 15 de junho ante o dólar, e também ante o dólar neozelandês. Estrategistas argumentam que moedas sensíveis ao risco se beneficiaram da decisão da cúpula europeia. Na reunião da última sexta-feira, disse o analista de um banco europeu, os líderes da UE deram o primeiro passo para que a região se afaste da beira do abismo.

Quanto ao desmonte de posições em dólar futuro, os dados sobre o nível de posições compradas e vendidas nesta segunda-feira estarão disponíveis na BM&F apenas na terça-feira. Vale ressaltar que os dados divulgados nesta segunda-feira são relativos à última sexta-feira, dia 29 de junho, e apontam aumento das posições compradas ante o dia 22.

A percepção sobre o eventual desmonte de posições compradas deriva de uma combinação formada pelo resultado da reunião dos líderes europeus e, principalmente, pela percepção de que o governo brasileiro continua disposto a eliminar algumas distorções no mercado de câmbio introduzidas no passado quando o objetivo era intensificar a depreciação da moeda brasileira ante o dólar. Um caráter especulativo também tem forte apelo neste caso, com agentes financeiros descontando parte dos exageros de alta da moeda norte-americana na última semana, argumentam operadores. “Não há razões plausíveis para uma queda acima de 1%”, disse um estrategista.

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Em Nova York, com as bolsas em baixa durante grande parte do dia, o dólar mostrou avanço ante diversas moedas, incluído o euro. Pesa sobre a moeda europeia o fato de alguns países, junto com a Finlândia, mostrarem oposição quanto à utilização dos fundos de resgate do continente (EFSF e ESM) para a compra de papéis soberanos problemáticos na região.

Em escala global, dados de atividade industrial em junho, medidos por PMIs na China e na zona do euro e pelo ISM nos Estados Unidos, indicam uma perspectiva ainda nebulosa para o crescimento da economia mundial.

(com Reuters e Agência Estado)

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