Cenário é propício para juros menores, diz Mantega
De acordo com o ministro, o corte no Orçamento e a inflação sob controle abrem espaço para juros menores
Mantega também projetou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 2012
O corte de 55 bilhões de reais no Orçamento e a queda nos índices de inflação estão entre os fatores que abrem espaço para a redução da taxa básica de juros, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O corte anunciado ontem é grande e mostra que nossa trajetória vai ser perseguida nesse e nos próximos anos. Isso abre espaço para juros menores, desde que a inflação esteja sob controle”, afirmou.
O ministro destacou que todos os índices divulgados apontam para uma queda da inflação no país e mesmo nos meses de inflação mais forte, janeiro e fevereiro, neste ano a inflação está caindo em relação a 2011. “Isso propicia um crescimento da economia em condições equilibradas”. No entanto, sobre a possibilidade de o corte no Orçamento levar a uma redução mais rápida dos juros para o patamar de um dígito, ele afirmou que só o Banco Central pode responder.
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Sobre a área fiscal, Mantega disse que o governo tem sido cada vez mais flexível, reduzindo os tributos que barateiam o custo da produção e do investimento, e ressaltou que essa tendência vai continuar. O ministro falou também que avalia como positiva a queda dos juros no mercado financeiro logo após o anúncio. “O mercado leva a sério o nosso propósito de fazer uma política fiscal responsável, sólida”, disse.
Projeção para 2012 – Mantega também afirmou que o Brasil é um dos poucos países que reúnem condições de acelerar expansão neste ano e projetou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 2012. “É uma meta ambiciosa, mas temos condições de alcançá-la”, disse.
PIB de 2011 – O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a pelos economistas como prévia do PIB, registrou expansão de 2,72% em 2011, segunda dados divulgados neste quinta-feira. Sobre o número, Mantega destacou que ele não deve balizar o PIB do ano passado, que ainda não foi anunciado. Segundo o ministro, o PIB deverá ficar em torno de 3%, “um pouco para mais ou para menos”.
(Com Agência Estado)