Brasil cai cinco posições em ranking sobre facilidade de negócios
País ficou na 116ª posição este ano, abaixo da colocação do ano passado, em estudo realizado pelo Banco Mundial
O Brasil caiu cinco posições em um ranking do Banco Mundial que avalia a facilidade de fazer negócios, no qual figura agora apenas na 116ª colocação. A nova edição do ranking, que avalia 189 países, foi divulgada nesta terça-feira.
Chamado “Doing Business 2016: Medindo Qualidade e Eficiência”, o estudo leva em consideração fatores como a facilidade de abrir empresas, obter crédito e conseguir eletricidade. Originalmente, o Brasil apareceu em 120º lugar no ranking em 2014, mas uma mudança na metodologia adotada pelo Banco Mundial para a elaboração do ranking mudou a posição do país do ano passado.
Cingapura é novamente o líder o ranking, pelo décimo ano consecutivo, seguido por Nova Zelândia e Dinamarca. Ainda entre as dez melhores economias estão o Reino Unido (6º) e a Suécia (8º). As duas últimas posições são ocupadas por Líbia e Eritreia. Piores que o Brasil no levantamento estão países como Argentina (121º), Índia (130º), Paquistão (138º), Bolívia (157º) e Venezuela (186º). Para fazer o levantamento, os técnicos do Banco Mundial avaliaram medidas tomadas pelos países de junho de 2014 até junho de 2015.
Começar um negócio no Brasil demora 83 dias e são necessários 11 procedimentos. Na Nova Zelândia, é preciso apenas um dia e um procedimento. Em Cingapura são dois dias e meio e três procedimentos. Nos Estados Unidos, sétimo lugar no ranking geral, são seis dias e meio. No México, país da América Latina mais bem colocado no levantamento, na posição 38ª posição, abrir um negócio demora 6,3 dias.
Em outros indicadores isolados, que são considerados no conjunto para a elaboração do ranking geral, o Brasil também ocupa posição ruim. No item conseguir permissão para construção, o país fica em 169º, demorando em média 425,7 dias. Em registrar uma propriedade, está na classificação 130 do ranking, demorando em média 31,7 dias.
No pagamento de tributos, o Brasil está perto dos últimos colocados, em 178º. O tempo médio que um empresário no Brasil precisa para preparar, apresentar e pagar impostos é de 2,6 mil horas por ano, enquanto a média na América Latina, considerada alta pelo Banco Mundial, é de 361 horas por ano. A média das economias de renda elevada que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 177 horas.
O Brasil tem melhor posição em dois indicadores, obter eletricidade, quando fica no 22º lugar, e em proteção aos acionistas minoritários, no 29º. No ranking de facilidade para conseguir crédito, o país está na posição 97. O destaque na América Latina nesse quesito é a Colômbia, que aparece em segundo lugar.
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(Com Estadão Conteúdo)