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BC assina 1º acordo da história e encerra investigação contra Daycoval

O banco era investigado por cobrar taxas de cadastro. Acordo prevê devolução de R$ 1,7 milhão a clientes prejudicados e pagamento de multa de R$ 400 mil

Por Reuters
Atualizado em 25 set 2018, 21h21 - Publicado em 25 set 2018, 17h57

O Banco Central firmou na semana passada o primeiro termo de compromisso da história para encerrar uma investigação contra instituição financeira, determinando que o banco Daycoval se abstenha de cobrar taxas de cadastro e devolva 1,7 milhão de reais a clientes prejudicados, além de pagar uma multa inicial de 400 mil reais à autoridade monetária.

Caso não encontre todos os 30.152 clientes que pagaram indevidamente a tarifa de confecção de cadastro (TCC), o banco terá que pagar uma multa adicional ao BC, segundo o termo de compromisso publicado no site da instituição.

O banco informou ao BC ter quitado 1,64 milhão de reais em indenizações, restando 47.000 reais, mas o acordo prevê que os valores sejam atualizados pelo índice oficial de inflação, o IPCA, e o Daycoval terá que pagar essa diferença caso não tenha corrigido o valor das tarifas devolvidas.

“A contribuição definida no acordo seria quase o dobro do que seria a multa na lei velha se o banco tivesse enfrentado o processo administrativo até o final, o que ainda levaria uns dois ou três anos”, disse Tiago Severo, secretário-executivo da Comissão de Direito Bancário da OAB-DF.

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A possibilidade de encerrar algumas investigações sobre integrantes do sistema financeiro nacional por meio de negociação, como o Termo de Compromisso ou acordos de leniência, foi introduzida na legislação no fim do ano passado, pela mesma lei que elevou a 2 bilhões de reais, ante 250.000 reais anteriormente, o valor máximo de multa que a autoridade monetária pode aplicar.

“Como primeiro acordo foi positivo, mas agora precisamos avaliar como vai ser cumprido na prática, e isso exige uma análise melhor dos reguladores”, diz Severo

Um dos pontos a exigir atenção, de acordo com o secretário, diz respeito às relações de consumo, uma vez que entidades de defesa de consumidores ou o Ministério Público podem acionar o banco pela mesma conduta em outras instâncias. É preciso fechar “todas as pontas” no acordo, para solução plena do problema, citou Severo.

Diferentemente de acordos assinados com a autoridade antitruste ou com o Ministério Público, por exemplo, o documento não representa confissão de erro por parte do banco, diz trecho do documento.

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Como o termo de compromisso inclui a interrupção da prática, uma eventual reincidência levaria o banco a pagar a multa em dobro, de acordo com a lei.

Segundo o documento divulgado pelo BC, o Daycoval tem 30 dias para localizar os clientes e a indenização deve ser paga em até cinco dias depois da identificação do consumidor.

Procurados, o BC e banco Daycoval não responderam até a publicação.

 

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