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A reação de Bolsonaro sobre a queda no preço da gasolina nas refinarias

Presidente usou o Twitter para comemorar a redução; queda ocorre devido a baixa nos preços do petróleo no mercado internacional

Por Larissa Quintino Atualizado em 22 jul 2022, 09h59 - Publicado em 19 jul 2022, 14h18

Minutos após a Petrobras anunciar uma redução no preço de venda da gasolina nas refinarias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi as redes sociais. Com tom contrário ao adotado nas mexidas anteriores nos preços dos combustíveis — que atacava a política de paridade de preços e os lucros da petroleira –, desta vez, o presidente celebrou. “A redução é de 5,18%. Brevemente, o Brasil terá uma das ‘gasolina’ (sic) mais barata do mundo”, disse, sobre o reajuste de 4,06 reais para 3,86 (4,92% de queda) que passa a valer na quarta-feira, 20. 

A reação otimista de Bolsonaro reflete parte do esforço do presidente em tentar baixar o preço dos combustíveis e o impacto deles na inflação e em sua popularidade em pleno ano eleitoral. Enquanto abriu uma verdadeira guerra contra o comando da estatal (e que culminou com a demissão de dois presidentes da empresa de março pra cá), Bolsonaro tentava empurrar para longe de si a responsabilidade sobre a política de preços, algo que não fez nessa manifestação após o reajuste para baixo dos preços. A estratégia de tentar se desvincular dos preços dos combustíveis mudou depois da aprovação da lei que estabeleceu um teto do ICMS de combustíveis e energia elétrica, que fez os preços nas bombas baixarem pelo país.

Em nota, a Petrobras afirma que a redução dos preços da gasolina nas refinarias “acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”. O barril de petróleo tipo brent está cotado a 106 dólares nesta terça-feira, bem abaixo de valores vistos em março e abril, no início da guerra entre Rússia e Ucrânia. De lá para cá, passou a pesar na cotação do petróleo o risco de recessão em grandes economias, como a americana e de países europeus e, com isso, a cotação passou a cair. Como a Petrobras segue a política de paridade de preço internacional, até pouco tempo atrás muito atacada por Bolsonaro,  a variação negativa do valor do petróleo entrou na conta e possibilitou a queda do combustível na refinaria.

Vale lembrar que a disparada dos preços do petróleo no mercado internacional é o que serve de base para a PEC das Bondades. Por meio dela, o Congresso autorizou a instituição de um estado de emergência devido à guerra entre Rússia e Ucrânia e suas consequências na cotação global da commodity. Com esse estado de emergência, o governo está autorizado a furar o teto de gastos em 41 bilhões de reais para pagar benefícios sociais, como o aumento no Auxílio Brasil e voucher para caminhoneiros as vésperas do pleito presidencial, o que dribla as regras da lei eleitoral.

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