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A corrida para troca de libras que desvalorizou ainda mais a moeda

A partir do dia 30 de setembro, notas em papel de 20 e 50 não serão mais aceitas; em SP, casa de câmbio paga 33% a menos no papel

Por Luana Zanobia, Luisa Purchio Atualizado em 27 set 2022, 18h55 - Publicado em 27 set 2022, 08h00

Uma corrida às casas de câmbio está ocorrendo em função de uma troca de cédulas pelo Banco da Inglaterra, até mesmo no Brasil. A partir do dia 30 de setembro, notas em papel de 20 e 50 libras esterlinas não serão mais aceitas em transações em lojas e empresas inglesas. Trata-se de uma troca das notas de papel por um novo tipo de cédula, composta de plástico, e que levam a imagem do pintor britânico William Turner no caso da nota de 20 libras e do matemático considerado herói na 2ª Guerra, Alan Turing, na de 50 libras. Na sexta-feira, 23, o Banco da Inglaterra anunciou que cerca de 11 bilhões de libras esterlinas ainda estavam em circulação, o que dá aproximadamente 360 ​​milhões de notas de papel.

Em solo inglês, a mudança está ocorrendo normalmente. “Após esta data, muitos bancos do Reino Unido aceitarão notas descontinuadas como depósitos de clientes. Algumas agências dos Correios também podem aceitar notas descontinuadas como depósito em qualquer conta bancária que você possa acessar com elas”, diz em nota o Banco da Inglaterra, que funciona como o Banco Central do país. “O Banco da Inglaterra sempre trocará quaisquer notas descontinuadas, incluindo notas em papel que tenhamos retirado no passado”, diz.

Apesar de no Reino Unido a troca das cédulas pelo Banco da Inglaterra ser garantida, aqui no Brasil a população está correndo para casas de câmbio para trocar quantias de 2.000 libras, mesmo que a um valor mais baixo, para garantir que não perderão as cédulas. E a quatro dias da data limite da circulação do dinheiro em papel na Inglaterra, poucas instituições estão aceitando fazer a troca e, quando fazem, o valor de deságio costuma variar entre 10% e 25%. A casa de câmbio Confidence Câmbio é uma delas e o valor pago pela libra em papel no final da tarde de segunda-feira, 26, na unidade de São Paulo, era de 3,92 reais a libra, sem descontar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Já o valor pago pela nota de polímero é 5,23 reais, 33,2% a mais que a nota que será descontinuada.

Algumas casas de câmbio ainda têm dúvidas sobre como proceder em relação às cédulas de 20 e 50 libras. É o caso do Travelex Confidence, que anunciou recentemente uma ação para comprar notas de libra esterlina anteriores à versão que será substituída pelas notas de polímero. Segundo a corretora, as notas antigas de libras que estão sendo aceitas nesta ação são referente às que já estavam fora de circulação mesmo. “Para essas de 20 e 50 libras estamos aguardando direcionamento do banco central da Inglaterra para termos maiores informações”, diz João Manuel Campanelli, diretor de desenvolvimento de negócio do Travelex Bank.

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Desvalorização da libra

A perda do valor das libras de papel ocorre em meio a uma desvalorização generalizada da moeda inglesa. Nesta segunda-feira, 26, a libra esterlina alcançou o menor valor da história e encerrou a 1,0687 dólar. A queda é fruto das medidas da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, que anunciou o maior pacote de isenção de impostos do país em 50 anos com o objetivo de estimular a economia.

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