Zico no Rock in Rio: “Legado Olímpico é triste”
Convidado especial no Rock in Rio, o jogador falou sobre suas decepções com o Brasil pós-olímpico e suas apostas para melhor jogador do mundo

Um ano após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o ex-jogador e atual comentarista esportivo Zico se mostrou decepcionado com a ausência de um legado olímpico no país. O ex-atleta foi o convidado de hoje para fazer uma participação especial no espaço dedicado aos gamers do festival Rock in Rio. “É muito triste, me lembra muito a Grécia. Estive lá e vi todas aquelas instalações vazias, sem uso. A gente não imaginava que o mesmo aconteceria com o Brasil. Se falou tanto em um legado, legado, legado. Mas cadê esse legado? ” questionou.
O Parque Olímpico, que sediou os jogos em 2017, é hoje a nova cidade do Rock. Palcos e brinquedos entremeiam arenas esportivas, que no dia a dia do Rio de Janeiro, exibem um calendário de eventos extremamente limitado. Para Zico, um país como o Brasil, internacionalmente conhecido por sua eficiência no esporte, comete uma falha grave, ao deixar o segmento em segundo plano. “Essa semana me entristeci muito com a declaração de que o primeiro corte do ano será no esporte. Em alguns países, o Brasil é conhecido basicamente por causa do esporte e de seus ídolos. E aqui, ele está sendo deixado de lado. As vitorias esportivas sempre são motivo de orgulho para o Brasil.”, critica Zico, em referência ao anúncio feito essa semana, sobre o corte em 87% na verba do Ministério do Esporte para o próximo ano.
Ainda no evento, o comentarista fez questão de mencionar suas apostas para o prêmio Bola de Ouro FIFA, que acontece em janeiro de 2018 e conta com a participação do brasileiro Neymar entre os três finalistas. “Neymar, na minha opinião, já poderia ter ganhado alguns anos atrás. Esse ano vai ser muito difícil desbancar Cristiano Ronaldo. Mas ele ainda tem tempo pela frente.”, finalizou.