‘Vogue Itália’ é acusada de blackface por escurecer pele de Gigi Hadid
'Se a ideia era ter uma pessoa com pele escura na capa, a revista deveria ter escalado uma modelo negra', disse um dos críticos a essa edição da revista
A revista Vogue Itália está recebendo críticas nas redes sociais desde que anunciou a capa de sua edição de maio, estrelada pela modelo americana Gigi Hadid, na última quarta-feira. Fotografada por Steven Klein, a top aparece vestindo um look Dolce & Gabbana, sobre o colo do modelo Justin Martin. A polêmica está no tom de pele de Gigi, que causou estranhamento ao aparecer mais escuro do que o habitual.
Para muitos, a prática remete ao blackface, quando atores brancos eram pintados para fazer papéis de negros no teatro. No Instagram, usuários comentaram que “se a ideia era ter uma pessoa com pele escura na capa, a revista deveria ter escalado uma modelo negra”. O excesso de edição no rosto da modelo também rendeu críticas.
Esta não é a primeira capa controversa de Gigi Hadid para a revista italiana. Em 2015, ela foi clicada por Steven Meisel usando uma peruca black power, também com a pele excessivamente bronzeada.
A Vogue Itália tem um longo histórico de ensaios polêmicos, especialmente durante o período em que teve Franca Sozzani no comando, de 1988 até sua morte, em 2016. Mas a editora foi responsável também por tornar o título mais diverso, lançando a primeira Black Issue da história da Vogue: uma edição contendo apenas modelos negras em suas páginas. Hoje, o brasileiro Giovanni Bianco é o responsável pela direção criativa da publicação.