Três talentosas cantoras baianas para ficar de olho em 2022
Luedji Luna, Larissa Luz e Agnes Nunes investem em letras sobre racismo e feminismo, firmando-se como novos talentos da música brasileira

Em 2021, três mulheres negras e baianas se destacaram no cenário musical nacional com álbuns criativos e letras engajadas em questões como o feminismo e a afirmação racial. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, Luedji Luna, Larissa Luz e Agnes Nunes (que nasceu na Bahia, mas foi criada na Paraíba), continuaram compondo e lançando novas músicas, preparando o terreno para a retomada. Conheça a seguir essas três artistas que prometem ainda dar muito o que falar em 2022.
Luedji Luna
Nascida e criada em Salvador, Luedji Luna – nome que representa amizade na língua angolana chócues – tem 32 anos e lançou no finalzinho de 2020 um dos mais elogiados discos daquele ano, Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água. Por causa da pandemia, os shows ao vivo do trabalho ficaram suspensos e só foram retomados agora, no final de 2021. Com seu suingue, voz melodiosa e canções que mesclam ritmos brasileiros, R&B e jazz, Luedji Luna canta sobre temas como feminismo e empoderamento.
Larissa Luz
Cantora, compositora, atriz e produtora, a baiana de Salvador Larissa Luz, de 34 anos, botou seus múltiplos talentos a serviço da música. E não é qualquer música, não. Larissa canta letras engajadas, que reverberam ativismo social e afirmação da mulher negra, fazendo uma interessante mistura de hip-hop, R&B e MPB. Em seu novo single, Afrodate (Dreadlov), feito em parceria com o rapper Coruja BC1 e Bruno Zambelli, e com produção do duo Tropkillaz, ela dá vazão à sua criatividade cantando sobre amor e afetividade.
Agnes Nunes
Baiana de Feira de Santana, mas criada na Paraíba, Agnes Nunes tem apenas 19 anos, mas já arrancou elogios de figurões da MPB como Elza Soares, Seu Jorge e Caetano Veloso, além do ator Lázaro Ramos. Dona de uma voz poderosa, ela usa sua voz para criticar o machismo e o racismo. Recentemente, estreou uma série no YouTube em que viaja pelo Brasil conhecendo as cantoras que influenciaram sua carreira, como Elza Soares, Sandra de Sá, Preta Gil, Tássia Reis e Margareth Menezes. No primeiro episódio, ela conversa com Liniker sobre como foi ter sido criada por uma mãe solteira. A julgar pelo talento e iniciativa, 2022 será um ano inesquecível para Agnes.