Quatro cenas do filme ‘Tubarão’ que lembram dilemas da atual pandemia
Comparações entre o clássico de Spielberg e a tragédia da Covid-19 começaram a viralizar na internet
– Negacionismo
Clássico do cinema, Tubarão (1975), de Steven Spielberg, acompanha o terror causado por um tubarão-branco em uma cidade costeira americana. A trama, quem diria, traz eventos e personagens que remetem aos atuais dias pandêmicos. Por isso, começaram a viralizar na internet posts contendo comparações do tipo. Um exemplo é o prefeito, interpretado por Murray Hamilton, que não aceita a gravidade da situação e se recusa a fechar as praias para não afetar a economia.
– Prioridade à economia
Tudo começa quando uma jovem vai nadar no mar durante uma festa e é morta pelo animal. Apesar dos indícios claros, o prefeito diz que ela foi vítima de um acidente de barco. Mesmo após outro ataque diante de todos na praia, ainda se levantam dúvidas sobre o perigo. Em uma reunião na prefeitura, comerciantes protestam contra o fechamento da praia — a exemplo do que
se vê em cidades brasileiras e de outros países em tempos de Covid-19.
– Falsa solução
Quando pescadores capturam um tubarão-tigre, o prefeito declara que as praias estão novamente seguras, a despeito de evidências contrárias: ao abrirem o bicho, não há nenhum resíduo humano dentro dele. Mesmo assim, as praias são liberadas para um festival no feriado de 4 de julho: um prato cheio para o tubarão que ronda a região e faz, então, novas vítimas.
– Ciência em segundo plano
Contratado pelo chefe da polícia, o oceanógrafo Matt Hooper (Richard Dreyfuss) vai à cidade ajudá-los a capturar o animal. Ele apresenta diversas provas de que as pessoas estão sendo vítimas de um enorme tubarão-branco. Desacreditado, finalmente consegue despertar a devida atenção após a tragédia do feriado. Ao fim, e com muita dificuldade (olha o spoiler), o cientista e sua equipe matam o animal.
Publicado em VEJA de 31 de março de 2021, edição nº 2731