Os abraços enfim estão de volta à Disney, após dois anos de restrições
Parques temáticos liberaram a interação com os personagens após afrouxamento de regras sanitárias, e parada musical volta essa semana
Há algum tempo, ir para a Disney e voltar sem uma foto abraçando o Mickey era praticamente impossível. Com a pandemia, porém, as interações foram limitadas, e os visitantes tiveram que se contentar com acenos tímidos de seus personagens preferidos. Mais de dois anos depois do coronavírus impor o afastamento social, os abraços, enfim, estão de volta oficialmente aos parques da Disney.
Era o passo que faltava para retomar a sensação de normalidade nos parques. Em fevereiro, a empresa eliminou a obrigatoriedade de máscara na maior parte dos locais, e a famosa parada musical está programada para retornar nessa sexta-feira. Junto a isso, os personagens também voltaram a interagir com o público. Na segunda-feira, 18, cerca de 50 pessoas aguardavam na fila para abraçar a Minnie. Seu companheiro, Mickey Mouse, também apareceu oferecendo abraço a todos os presentes. “Isso é o que faz da Disney tão especial”, disse uma americana ao The New York Times.
No total, cerca de 50 personagens se revezam pelos parques, oferecendo aos visitantes a sensação de “magia” proporcionada pela Disney. Alguns deles, como o Mickey e a Minnie, usam fantasias pesadas, e fazem turnos mais curtos por conta do esforço exigido pelas vestimentas, enquanto outros, como as princesas, transitam pelos parques conversando com os visitantes. “A interação com os personagens é importante porque proporciona um contato emocional. Essa é a oferta mais poderosa que a Disney tem”, disse a gerente de entretenimento Robyn Vossen, que trabalha há mais de 40 anos nos parques.
Com os abraços e fotos garantidas, a Disney tem esperança de, enfim, recuperar o que perdeu durante a pandemia, não só em relação à seu famoso encanto, mas em termos financeiros. No ano passado, os parques temáticos da empresa tiveram receita de 16,6 bilhões de dólares. O número representa um aumento significativo em relação a 2020, ano em que as atrações se mantiveram fechadas desde março. A arrecadação, porém, ainda fica 38,5% abaixo dos 26 bilhões de 2019, segundo documentos financeiros da companhia.