Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O homem que inventou os anti-heróis de ‘The Boys’

Garth Ennis fala das dificuldades para emplacar os personagens na indústria pop

Por Sergio Figueiredo Atualizado em 4 jun 2024, 14h40 - Publicado em 30 out 2020, 06h00

Dizem que nunca conseguiremos ver filmes de super-heróis da mesma forma depois de assistir à série. Você concorda? Por mais que eu desgoste do gênero, que bloqueia quase totalmente outros tipos de quadrinhos e tem domínio crescente sobre o cinema, não há como negar a popularidade dos super-­heróis. As pessoas podem se divertir imaginando como eles real­mente seriam e ainda desfrutar as aventuras com as quais estão acostumadas — não há contradição nisso. O original e a paródia podem ser apreciados de mãos dadas.

Até que ponto o tom anti-herói do gibi colaborou para que ele fosse cancelado pela DC Comics? Foi exatamente isso que causou o dano. Havia tolerância para críticas à religião ou política, mas, no caso de The Boys, era como se eu estivesse enfiando uma faca no principal produto da companhia. Nunca descobri se a gota d’água foi uma cena específica, mas creio que o tom anti-herói da revista acabou sendo demais para a DC.

Como foi a transição para a nova editora? Teve alguma dificuldade em garantir os direitos de sua obra? Na verdade, foi uma ótima experiência. A DC, de forma muito correta, nos devolveu o pacote completo e a papelada foi concluída em tempo recorde. Recebemos ofertas de muitas editoras e, finalmente, decidimos pela Dynamite, onde tivemos 100% de liberdade de criação.

Continua após a publicidade

Você gosta de ter controle sobre sua criação, como J.K. Row­ling tem em relação a Harry Potter? Muito pelo contrário. Na televisão, o conteúdo precisa ser gerado tão rápido, e tantas pessoas diferentes têm voz no resultado, que para mim o curso de ação mais sensato é tratar separadamente os quadrinhos do programa.

Qual é a sua opinião sobre o sucesso de The Boys no serviço de streaming? Espero que dure vinte temporadas e ajude a vender milhões de exemplares da revista em quadrinhos.

Publicado em VEJA de 4 de novembro de 2020, edição nº 2711

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.