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‘O Brasil é brega’, diz Sidney Magal sobre rótulo de cafona

Aos 72 anos, o cantor de hits como 'Meu Sangue Ferve por Você' fala sobre o novo documentário biográfico e da sua redescoberta pelos jovens

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 11h05 - Publicado em 14 jan 2023, 08h00
Sidney Magal -
POPULAR - Magal: “Me dei ao luxo do excesso e isso me proporcionou longevidade” – (Marcio Scavone/.)

O senhor está em cartaz nos cinemas com o documentário Me Chama que Eu Vou, já ganhou biografia, um musical, bloco de Carnaval e, em breve, virá uma cinebiografia. Que balanço faz da vida? Vou brincar e dizer que é o balanço da rede. Quando vim morar na Bahia, há 24 anos, queria ter uma vida tranquila. Em algum momento, vou me aposentar, porque não dá para continuar rebolando e cantando Me Chama que Eu Vou quando fizer 85 anos. Vai chegar o dia em que as bailarinas serão substituídas por cuidadoras. Mas, enquanto eu conseguir dar uns passinhos, vou continuar cantando.

Após um período de ostracismo nos anos 1980 e 90, o senhor foi redescoberto pelos mais jovens. A que atribui esse fenômeno? A mudança veio quando uma revista fez uma matéria de capa me chamando de “Rei do pop brasileiro”. Todo mundo se espantou. As pessoas diziam: “Magal agora é cool?”. Eu ainda tenho muita energia e sempre retribuí o carinho do público. Imagine se Elton John, Prince ou Michael Jackson fossem criticados por suas extravagâncias desde o começo? Me dei ao luxo do excesso e isso proporcionou longevidade à minha carreira. As crianças amam meus shows.

O rótulo de brega que a crítica deu às suas músicas no passado o incomodava? Sempre me incomodou. Achava ofensivo demais, porque no dicionário, em alguns lugares, a palavra pode ser sinônimo de bordel. Hoje em dia, não acho mais. Sempre tive a consciência de que esse tratamento era um problema de classe social. A patroa não quer assumir que gosta da mesma coisa que a empregada. Graças a Deus, a música é muito mais que isso, e hoje eu posso afirmar: o Brasil é brega, do começo ao fim. Sertanejo, pagode, forró e funk. Tudo é brega.

Na juventude, o senhor queria ser cantor de ópera ou bossa nova, mas foi convencido do contrário pelo seu primo, o poeta Vinicius de Moraes (1913-1980). Qual foi, afinal, o conselho dele? Estudei canto durante cinco anos e tinha uma voz possante. Eu era jovem e pedi ao Vinicius, meu primo de segundo grau, para me dar uma música. Ele disse: “Esse negócio de bossa nova é bom para violãozinho, para quem canta baixinho, coisa de João Gilberto e Caetano. Você, com esse vozeirão e esse visual aí, vai conquistar todas as mulheres do Brasil. Você tem de gravar música popular”. Achei que era uma desculpa para não me ajudar. Mas ele estava certo. Ele era uma pessoa maravilhosa. Percebi que tinha de seguir minha estrada sozinho, sem pegar carona com o Vinicius.

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O senhor sempre foi visto como símbolo sexual, porém jamais se envolveu em polêmicas e mantém um casamento de 43 anos. Sua esposa, Magali, é o amor da sua vida? Com certeza. O roteiro da cinebiografia O Meu Sangue Ferve por Você começa no dia em que eu a conheci e termina no dia do nosso casamento. Nem a Magali entende por que eu sempre tive a certeza de que ela era meu grande amor.

Publicado em VEJA de 18 de janeiro de 2023, edição nº 2824

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