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Como novela da Globo ajuda no enfrentamento à violência doméstica

Personagem de "Volta por Cima" faz gesto universal de pedido de socorro, criado para alertar situações de risco

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 abr 2025, 12h38 - Publicado em 19 abr 2025, 12h24

É indiscutível o papel da teledramaturgia no enfrentamento de preconceitos e de problemas sociais, como a violência, insegurança e corrupção. Folhetim que já caminha para o fim, Volta por Cima, da TV Globo, traz para as telas dos brasileiros o vilão Gerson, interpretado por Henrique Diaz, chefe do crime organizado e contumaz abusador de mulheres. No capítulo da última sexta-feira, 18, uma de suas vítimas, a espalhafatosa Roxelle, vivida pela loira exuberante Isadora Cruz, dá um jeitinho para romper as barreiras.

Apesar se ser mantida em cárcere privado, nos últimos episódios, ela consegue que o namorado a leve a um restaurante, onde encontra a oportunidade de pedir socorro: ao ser escoltada até o banheiro, estabelece o contato visual com uma mesa de mulheres, e, então, ao se virar de costas, faz o sinal universal, que denuncia que está sob ameaça.

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O gesto é relativamente novo. Foi criado, e, 2020, pela Canadian Women’s Foundation, para ajudar mulheres que enfrentam situações de risco e não podem se expressar verbalmente. Trata-se de um sinal discreto, feito quando a vítima está de costas, para que o agressor não perceba. Com os braços para trás, ela mostra a palma de uma das mãos, com o polegar dobrado no centro dela e os demais dedos esticados, que fecham na sequência encobrindo o dedão (veja abaixo).

sinal universal de ajuda
O sinal universal de ajuda: criado em 2020 (Canadian Women's Foundation/Divulgação)

 

O gesto de Roxelle viralizou ontem nas redes. Chamou atenção até da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), relatora da Lei Maria da Penha, de 2006. “Ver este símbolo chegar ao horário nobre é um passo educativo importante na luta contra a violência, que atinge tantas mulheres no Brasil”, escreveu. “Cada alerta, cada informação compartilhada, cada sinal compreendido pode fazer a diferença.” A cada 15 minutos uma mulher é espancada no Brasil, de acordo com o Instituto Patrícia Galvão. Na maioria dos casos, o agressor é alguém do relacionamento próximo da vítima, como o marido, namorado e familiares.

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