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Norah Jones: ‘Gostaria de cantar com Caetano Veloso, ele é incrível’

Em entrevista a VEJA, a cantora americana fala sobre sua relação com a música brasileira e sobre seu primeiro álbum de músicas ao vivo

Por Marcelo Canquerino 5 Maio 2021, 15h16

Recentemente, a cantora, compositora e pianista Norah Jones lançou seu primeiro álbum ao vivo. Till We Meet Again (Live) conta com 14 faixas de apresentações feitas em países como Brasil, Argentina, Estados Unidos, França e Itália durante 2017 a 2019. Em entrevista a VEJA, a cantora fala sobre o processo de desenvolvimento do novo disco e da sua relação com a música brasileira.

Como foi a seleção de músicas para esse álbum ao vivo? Tinha algum motivo específico para escolher as canções apresentadas no Brasil que compõem o disco? As músicas tocadas no Brasil fazem parte de um dos meus últimos shows, que aconteceu em dezembro de 2019. Foi a última turnê que fiz. Dos shows da América do Sul, um dos meus favoritos foi o do Rio de Janeiro. No geral, todos foram ótimos, mas o Rio foi especial. Tive até vontade de usar apenas as canções entoadas por lá nesse disco. Os shows no Brasil foram muito eletrizantes. É um público único. Um dos poucos que sabem a letra de cada canção. 

O álbum tem participações dos músicos brasileiros Marcelo Costa (percussão) e Jorge Continentino (flautista). Como chegou até eles? Conheci o Jorge há anos, em Nova York. Ele costumava tocar em uma banda que eu acompanhava. Mas não o conhecia tão bem, apenas o suficiente para perguntar se ele tinha interesse em se apresentar comigo. O Marcelo eu conheci no Rio de Janeiro através de um amigo meu, o músico Jesse Harris. Perguntei se ele conhecia alguém de percussão no Brasil, porque sabia que no Rio há músicos ótimos. Foi o Jesse que me recomendou o Marcelo. 

A música brasileira tem influência sobre sua música hoje? Meu contato com música brasileira se deu especificamente porque minha mãe viveu no Brasil dos anos 1960 até o começo dos 1970. Ela tinha vários álbuns de música brasileira. Por isso, cresci ouvindo muita Elis Regina, Caetano Veloso, muito Tom Jobim e Milton Nascimento. Gosto bastante da música dessa época. 

    Durante a faculdade, você fez parte de uma banda cover de Tom Jobim. Quais são suas maiores lembranças da época? Foi uma época muito divertida. Eu aprendi todas as músicas em português. A namorada do baterista da banda era brasileira. Ela me ajudou a escrever as letras das músicas em português e a cantar com a pronúncia correta. Sempre levava comigo essas músicas e tocava em alguns shows que fazia em lugares como restaurantes. Cantava em português e queria ser melhor nisso (risos).  

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    Pretende fazer mais lives esse ano? Eu gostei bastante de fazer lives ano passado durante o período de lockdown. Foi muito bom para mim tocar música toda semana e me conectar com as pessoas através das redes sociais de um jeito que eu nunca havia feito. Foi incrível. Não sei se farei mais esse ano, pois estou focada em escrever e gravar novas músicas. 

    Existe algum artista brasileiro com quem você gostaria de colaborar? Gostaria de colaborar com Caetano Veloso, ele é incrível. E gostaria também de me apresentar na Bahia, ouvi dizer que é uma parte especial do país.

    Em 2007, você participou do filme Um Beijo Roubado, longa que contou com Natalie Portman e Jude Law no elenco. Por que decidiu atuar? É algo que você pensa em voltar a fazer? Na verdade, eu fui convidada. Foi uma oportunidade bacana. Wong Kar-Wai é um ótimo diretor. A experiência de atuar foi diferente para mim, mas uma ótima maneira de começar. É algo que estaria aberta a fazer novamente, mas sinto que esse momento passou um pouco para mim. 

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