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Nobel de literatura de 2025 vai para o húngaro László Krasznahorkai

Prêmio sueco anunciou o vencedor na área das letras nesta quinta-feira

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 out 2025, 08h44 - Publicado em 9 out 2025, 08h06

A Academia Sueca anunciou nesta quinta-feira, 9, a escolha do húngaro László Krasznahorkai como Nobel da Literatura de 2025. Segundo a instituição, o autor foi laureado por “sua obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”.

Nascido na pequena cidade de Gyula, no sudeste da Hungria, em 1954, o autor foi definido pela crítica americana Susan Sontag logo como o “mestre do apocalipse” da literatura contemporânea. “László Krasznahorkai é um grande escritor épico na tradição da Europa Central, que se estende de Kafka a Thomas Bernhard, e é caracterizado pelo absurdo e pelo excesso grotesco”, disse Anders Olsson, presidente do Comitê Nobel. Ao anunciar o vencedor em Estocolmo, Mats Malm, secretário permanente e palestrante da Academia Sueca, disse que “tinha acabado de falar com László Krasznahorkai por telefone, e que o autor estava em Frankfurt, na Alemanha.

Publicado em 1985, seu primeiro romance, Sátántangó, foi uma sensação literária em sua terra natal ao retratar de maneira inteligente e original a história de um grupo de moradores desamparados em uma fazenda abandonada no interior da Hungria, pouco antes da queda do comunismo. Em meio ao desamparo, o carismático Irimiás e sua companheira Petrina, até então considerados mortos por todos, aparecem em cena — e são vistos pela população como mensageiros da esperança ou do juízo final.

Com uma prosa fluida, marcada por frases longas e sinuosas, o autor tornou a ausência de pontos finais em sua marca registrada, definidora de um estilo tão desafiador quanto empolgante. “A frase curta é artificial. Quase nunca usamos frases curtas, fazemos pausas ou seguramos uma parte do final da frase”, atestou ele ao Thye Guardian sobre o estilo de escrita. Já no conteúdo, o húngaro é mestre em abordar temas distópicos e melancólicos com uma intensidade implacável que levou os críticos a compará-lo a Gogol, Melville e Kafka. Para além da terra natal, a carreira de Krasznahorkai foi moldada também por viagens: ele deixou a Hungria comunista em 1987, e estudou um ano em Berlim como bolsista. Mais tarde, buscou inspiração no Leste Asiático, principalmente  na Mongólia e na China – para obras como “O Prisioneiro de Urga” e “Destruição e Tristeza Sob os Céus”.

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