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“Muita gente faz plásticas para agradar aos outros”, diz médico de reality

Paul Nassif, famoso por refazer procedimentos estéticos que deram errado no programa 'Botched', do E!, fala sobre a cirurgia que mais costuma dar errado

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h55 - Publicado em 7 fev 2020, 06h00

Paul Nassif: famoso por refazer no reality Botched, do canal E!, cirurgias estéticas que deram errado, o médico e apresentador americano fala sobre os perigos da obsessão por mudar a aparência.

Quais são os maiores erros a que se deve ficar atento ao planejar uma cirurgia plástica? Qualquer cirurgia tem seus riscos. Por isso um grande erro é não pesquisar o suficiente antes de fazer o procedimento, ou escolher o médico errado. Também é preciso pensar se está tomando a decisão pelas razões certas. Antes de mais nada, pergunte a si mesmo: por que quero fazer essa cirurgia? Acho que minha felicidade realmente depende dela?

Pode dar exemplos de razões erradas? Diversas pessoas se submetem a uma cirurgia para agradar aos outros, e não a elas mesmas. No programa, é comum vermos também os viciados em plástica. Essas pessoas não são realistas. Elas querem algo que não podem atingir. Existe um lado psicológico no qual é necessário prestar atenção.

Como avaliar se o paciente está sendo realista? Quem busca uma plástica quer, no fundo, continuar sendo o mesmo, mas melhorado. O que percebo com frequência são pessoas com transtorno dismórfico. Trata-se de um distúrbio mental que faz o paciente ver na própria aparência muitos defeitos, buscando sempre mudar. O excesso de plásticas é perigoso. As pessoas ficam irreconhecíveis até para elas mesmas.

O reality já mostrou pacientes que buscavam parecer-se com celebridades. Qual pedido mais o chocou? Na sexta temporada, vimos o caso de um rapaz inglês, branco e de olhos azuis que me procurou para ficar parecido com um astro sul-coreano de k-pop. Ele já havia passado por diversas cirurgias, quase não tinha mais cartilagem no nariz. Eu me recusei a fazer. Disse que era impossível. Se quer parecer-se com um artista, mude a cor do cabelo, use uma maquiagem, vista-se como ele. Mas cirurgia, por esse motivo, não recomendo.

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Qual plástica mais dá errado e precisa ser refeita? Como especialista em rosto, eu diria narizes — mas sei que nos seios também é comum. Se o médico for ruim, uma pequena alteração no nariz poderá não cicatrizar bem e trazer um resultado insatisfatório. Narizes são difíceis, por isso são poucos os bons cirurgiões de rinoplastia. Já atendi pacientes que tinham passado pela cirurgia havia mais de dez anos, e estava tudo bem. Mas o nariz pode mudar, ele entorta, ou a ponta cai, e precisa ser refeito.

Quantas cirurgias o senhor já realizou? Umas 20 000 ou 30 000. São muitas, parei de contar. Preciso, aliás, terminar a entrevista, pois um paciente está me esperando no consultório.

Publicado em VEJA de 12 de fevereiro de 2020, edição nº 2673

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