Morre Ethevaldo Siqueira, pioneiro do jornalismo sobre tecnologia
Profissional tinha 90 anos e estava internado em um hospital de São Paulo para tratar de uma leucemia
O jornalista Ethevaldo Siqueira morreu em São Paulo nesta segunda-feira, 17, aos 90 anos, após enfrentar uma leucemia (câncer no sangue). Ele estava internado no Hospital Oswaldo Cruz, onde fazia o tratamento contra a doença. Referência na cobertura de temas ligados à tecnologia, ele deixa esposa, dois filhos, cinco netos e uma bisneta. Seu corpo será velado em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde será enterrado.
Ethevaldo Siqueira nasceu em 1º de agosto de 1932 em Monte Alto (SP), e se formou na primeira turma de Jornalismo da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo, a USP, criada em 1966. Na instituição, Siqueira foi professor de tecnologia da informação e telemática.
O jornalista trabalhou como repórter, editor, repórter especial e colunista no jornal O Estado de São Paulo; colaborou em VEJA e foi comentarista da rádio CBN, do grupo Globo. Ao longo de sua carreira, recebeu os prêmios José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em 1985; o Esso, em 1968 e 1978, e o Comunique-se, em 2007.
Ethevaldo Siqueira também foi autor de vários livros sobre comunicação e tecnologia, como A Sociedade Inteligente: Sobre a Revolução das Telecomunicações, dos Computadores e dos Robôs (Bandeirante, 1987), Três Momentos da História das Telecomunicações no Brasil (Dezembro Editorial, 1998), Brasil: 500 anos de Comunicações – A Eterna Busca da Liberdade (Dezembro Editorial, 2000) e Como Viveremos (Saraiva, 2004).