‘Mindhunter’ e mais cinco produções sobre assassinos reais na Netflix
Além da nova temporada do programa que fala sobre psicopatas famosos, conheça outras séries e filmes que abordam crimes saídos do noticiário
Mindhunter
Baseada no livro homônimo do ex-agente do FBI John Douglas, a produção se baseia nos pioneiros estudos sobre a mente de assassinos em série conduzidos pelo autor nos anos de 1960 e 70. Na versão ficcional, seu alter ego é o investigador Holden Ford (Jonathan Groff), que entrevista homicidas inspirados em serial killers famosos na cadeia. A segunda temporada reconstitui suas conversas com criminosos como Wayne Williams, acusado de uma sucessão de assassinatos de crianças negras que horrorizou Atlanta entre o final dos anos 1970 e início dos 80. Também está na galeria de facínoras Charles Manson, líder da seita hippie que assassinou a atriz Sharon Tate, em 1969.
22 de Julho
Em 22 de julho de 2001, Anders Behring Breivik explodiu um veículo em Oslo e, horas depois, abriu fogo contra quase 400 jovens reunidos em um acampamento de militantes políticos na ilha de Utoya – distante 40 quilômetros da capital norueguesa. A motivação: acabar com a “juventude liberal” do país. O filme de Paul Greengrass (de Domingo Sangrento, Voo 93 e Capitão Phillips – que também retratam episódios de violência motivados por ideologias) recria os passos do ultradireitista que matou 77 pessoas e feriu outras 320 em um dos países menos violentos do mundo – da produção da bomba que daria início ao terror até a reação da opinião pública norueguesa contra o ódio supremacista propagado por Breivik. O excelente Anders Danielsen vive o perturbador assassino.
Bonnie & Clyde
Originalmente transmitido como uma minissérie de duas partes pelo canal Lifetime e posteriormente disponibilizado como um longa, Bonnie & Clyde é mais uma adaptação da história de Bonnie Parker (Holliday Grainger) e Clyde Barrow (Emile Hirsch), casal que aterrorizou os Estados Unidos com uma série de assaltos a bancos e assassinatos no início da década de 1930 – durante a grande depressão americana. Parte da cultura popular do país, os namorados criminosos já protagonizaram outras obras, como o clássico homônimo de David Newman em 1967.
American Crime Story
A série criada e produzida por Ryan Murphy (Glee, American Horror Story) é imbatível na arte de dissecar crimes ligados ao mundo das celebridades. Na primeira temporada, ela reconstitui com brilhantismo o caso O.J Simpsons (Cuba Gooding Jr.), ex-jogador do futebol americano acusado de assassinar a ex-esposa Nicole Brown e seu amante Ronald Goldman. Mais que recontar a história, Murphy usa o caso para investigar questões da própria sociedade americana, do circo da mídia à batalha racial nos tribunais. Não menos primorosa, a segunda temporada examina a mente de Andrew Cunanan (Darren Criss), garoto de programa que assassinou o estilista italiano Gianni Versace e outras quatro vítimas, nos anos 90.
Manhunt: Unabomber
Entre 1978 e 1995, Theodore Kaczynski enviou dezesseis cartas-bomba, matando três pessoas e ferindo outras 23. O Unabomber, como ficou conhecido, foi caçado pelo FBI por duas décadas até finalmente ser preso, em 1996. Antes disso, convenceu grandes veículos como The New York Times e The Washington Post a publicar seus manifestos em troca da promessa de não mais executar seus planos. Mesclando ação e psicologia, a série reconstrói a história de um dos terroristas mais bizarros de que se tem notícia.
Unsolved
Com uma temporada até agora, e seguindo a mesma premissa de investigação quase antropológica de American Crime Story, Unsolved se debruça sobre a investigação dos assassinatos dos rappers Tuppac Shakur e Notorious B.I.G. O primeiro, vivido por Marcc Rose, foi morto em seu carro com dois tiros, em 1996, na cidade de Las Vegas. O segundo, interpretado por Wavvy Jonez, foi executado em Los Angeles no ano seguinte, em circunstâncias similares.