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Marjorie Estiano sobre sadomasoquismo em filme: ‘Muito exercício prático’

Atriz vive uma prostituta no filme 'Todo Clichê do Amor', que estreia nesta quinta-feira

Por Lucas Almeida 20 abr 2018, 12h16

Marjorie Estiano integra o elenco do filme Todo Clichê do Amor, estreia desta semana nos cinemas. No longa, romântico, a atriz vive Lia, uma prostituta que trabalha com sadomasoquismo e que deseja ser mãe. “Dentro da pesquisa e da construção da personagem, fiz muito exercício prático, além da parte teórica com documentários e vídeos. Era fundamental desenvolver intimidade com esse vocabulário e com os recursos que teria de usar. Foi divertido”, conta em entrevista a VEJA.

Essa é a segunda vez que Marjorie vive uma garota de programa. A primeira foi na peça Inverno da Luz Vermelha, de 2010. O filme, o segundo dirigido por Rafael Primot (Gata Velha Ainda Mia, 2013), acompanha outras duas histórias: a de uma mulher que tenta se conectar com a enteada durante o velório do marido e a de um entregador que comete um crime para conquistar uma garçonete.

As histórias, que beiram grandes clichês de comédias românticas, compõem uma narrativa de humor obscuro. O próprio Primot, que também assina o roteiro, caracteriza a produção como “um filme de amor esquisito”. “Acho que é sempre tempo de falar de amor. O texto é melado, mas fui tentando dar um ar fresco para essas histórias comuns. Há uma colagem de várias coisas um tanto cafonas, mas que a gente faz durante a vida”, explica.

Além de divulgar o longa, Marjorie está gravando a segunda temporada da série Sob Pressão, que tem previsão de estreia para o segundo semestre na Globo. O drama médico, que é gravado em uma parte desativada do Hospital Nossa Senhora das Dores, na zona norte do Rio de Janeiro, abordará a corrupção dentro da saúde pública. Confira a entrevista completa com a atriz: 

 

Na preparação para viver a Lia, rompeu algum preconceito com o sadomasoquismo? Não sei se quebrei preconceitos, porque não sei se tinha algum conceito formado sobre o sadomasoquismo, mas, através da imagem e do estereótipo, certamente, meu imaginário criou um pouco. A partir da pesquisa, conheci de fato como é. O ser humano é único e acho que os rótulos servem como forma de organização, mas eles não devem nunca cercear a sua liberdade de existir, seja sexual ou socialmente. Para mim, foi muito valioso esse contato. Durante o trabalho, você não se vê naquela fantasia ou naquele desejo e a construção da personagem vai te deixando mais próxima, aquilo se torna acessível. É só uma maneira particular de ver a vida.

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Os personagens foram me libertando da crítica de viver alguém que eu não conheço. O desconhecido me assustava muito. Dessa vez foi muito instigante e provocante viver isso.

Você conseguiu conhecer apetrechos de sadomasoquismo antes da gravação? Sim. Dentro da pesquisa e da construção da personagem, fiz muitos exercícios práticos, além da parte teórica com documentários e vídeos. Era fundamental ir desenvolvendo uma intimidade com esse vocabulário e esses recursos. Foi divertido. Não sei se é uma fase da minha vida ou não, mas  sempre fui muito crítica sobre o meu trabalho. Acho que em outro momento, fazendo um paralelo com a outra prostituta que eu vivi, por exemplo, era muito mais difícil. Os personagens foram me libertando da crítica de viver alguém que eu não conheço. O desconhecido me assustava muito. Dessa vez foi muito instigante e provocante viver isso.

Você ainda é muito crítica com a sua carreira? Sempre. A autocrítica me ajudou muito. Antes, eu acho que sofria. Ao mesmo tempo, isso me ajudava a estudar mais, buscar mais recursos e descobrir como eu poderia ter prazer com aquilo que eu estava vendo de mim. Eu não abriria mão da crítica.

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Marjorie Estiano vive Lia no filme Todo Clichê de Amor (Reprodução/Divulgação)

 

 

Como se sentiu quando o Selton Mello disse que estava apaixonado por você? Ele se lascou (risos). O Selton é um cara que eu amo, admiro demais. Tive a sorte de poder contracenar com ele e a gente descobriu uma amizade forte. O trabalho me traz alguns vínculos que são para a vida toda. Achei linda a homenagem que ele fez para mim. Que bom que eu tenho a oportunidade de estar perto dele e que ele aconteceu na minha vida. A gente tem muitoa carinho um pelo outro. Em relação a isso, ele está pagando o preço também. Fico até com dó, porque ele fez um gesto em relação a mim, foi lindo, e agora ele pode querer se casar que as pessoas vão ficar falando que ele é apaixonado por mim. Eu peço até desculpa para a futura esposa do Selton (risos).

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