Justiça decreta prisão preventiva de ex-marido de galerista morto no Rio
Acusado de ser o mandante, Daniel Sikkema está fora do país; cubano acusado da autoria do homicídio também teve a prisão decretada
Daniel Sikkema, ex-marido de Brent Fay Sikkema, teve sua prisão preventiva decretada neste sábado, 10, pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Além do ex do galerista, a juíza Tula Correa de Mello, titular da 3ª Vara Criminal do Rio, também decretou a prisão preventiva do cubano Alejandro Triana Prevez, acusado de ser o autor do homicidio, e aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os dois.
De acordo com a acusação do MP, Daniel contratou Alejandro para matar Brent pelo valor de 200 mil reais. O cubano, então, teria vindo ao Brasil e, no dia 14 de janeiro, utilizado as chaves fornecidas por Daniel para entrar na residência da vítima, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, onde o teria golpeado várias vezes com uma faca.
Perez já havia sido preso no dia 18 de janeiro, acusado pela morte do galerista, mas Daniel se encontra no exterior e, por isso, a juíza determinou que o mandato seja encaminhado à Difusão Vermelha da Interpol.
Relembre o caso
O corpo de Brent, 75, foi encontrado por uma amiga no dia 15 de janeiro. Apresentando perfurações realizadas por “arma branca”, o corpo foi levado pelos bombeiros para o Instituto Médico Legal, no centro do Rio. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Alejandro Triana Prevez foi preso no dia 18 de janeiro, acusado pela morte. A detenção, realizada pela polícia civil de São Paulo e pela Polícia Rodoviária Federal ocorreu na BR 050, que liga São Paulo à Brasília, no município de Uberaba. Segundo os agentes da divisão de homicídios, após o crime, ele fugiu para São Paulo e, posteriormente, seguiu para Minas Gerais. Com ele estavam 3 000 dólares que pertenceriam ao galerista.
Imagens obtidas pela TV Globo mostram que o assassino monitorou Brent por 14 horas antes de invadir o seu apartamento, o que levou à crença de que a ação foi premeditada. Daniel foi considerado suspeito pelo envolvimento pois ele e o galerista passavam por um processo conturbado de divórcio, em que o ex pedia uma pensão de 6 milhões de dólares para a vítima.
Americano, Brent era sócio da Sikkema Jenkins & Co, uma galeria de arte contemporânea renomada no bairro de Chelsea, em Nova York. Ele era apaixonado pelo Brasil e visitava o país para passar fim de ano e carnaval. O galerista tinha dois filhos com Daniel.