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Julia Quinn, autora de ‘Bridgerton’: “Todos querem um final feliz”

A escritora da série que rendeu o spin-off 'Rainha Charlotte' fala sobre o sucesso das adaptações feitas por Shonda Rhimes para a Netflix

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 10h33 - Publicado em 20 Maio 2023, 08h00

Os livros da série Bridgerton são best-­sellers e, em 2020, a primeira temporada da adaptação feita pela Netflix bateu recorde de audiência. Como explica o sucesso? Creio que a dinâmica familiar é o que prende o público. Não é uma história realista: existe o elemento da fantasia de uma vida de luxo. Eles são muito ricos, muito bonitos, e tal — mas são famílias como tantas outras. Seja tentando encontrar seu lugar no mundo, ou lidando com as expectativas de pai e mãe, ou até indo além do que você está destinado a ser. São detalhes universais que comovem.

A trama é ambientada no período regencial da Inglaterra, no início do século XIX. Como recebeu a ousadia da produtora Shonda Rhimes de adicionar atores negros e asiáticos em um contexto que, na vida real, era obviamente branco? Eu achei brilhante. Sou uma mulher branca americana. Não venho da aristocracia inglesa. Meus ancestrais eram plebeus servindo essas pessoas. Mas quando assisto, por exemplo, a uma adaptação de um livro da Jane Austen, eu me vejo representada na tela. Eu me imagino ali na pele de uma atriz também branca. É comum pessoas me falarem sobre como se sentiram bem ao ver sua etnia na série, usando roupas pomposas em bailes da realeza. Todo mundo quer se ver numa história assim.

Em Rainha Charlotte, a trama volta ao passado de Bridgerton e fala sobre uma rainha negra que, casada com o rei George III, uniu o reino — trazendo todas as etnias para a corte. Como chegou a essa ideia? O crédito é todo da Shonda Rhimes. Ela me entregou o roteiro e eu transformei em um romance, que foi lançado junto com a série.

Como foi fazer esse processo inverso, de adaptar um roteiro em um romance? Eu nunca havia feito isso. Aprendi na marra. Eu tinha as falas dos personagens, então adicionei os sentimentos, o que não é dito, o contexto. Por exemplo: Charlotte era alemã. No livro, o fato de ela não falar nada de inglês ao se mudar para a Inglaterra é parte importante do sentimento de deslocamento e solidão que ela viveu.

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Como responde às críticas de que sua obra é açucarada? Sabe, eu adoro uma série como Succession (HBO). E, no fundo, aquelas pessoas egoístas só querem um final feliz — o delas, claro. Defendo que a felicidade, o romance, as conexões humanas devem ser valorizados e Bridgerton faz isso. No fim do dia, todos querem um final feliz.

Publicado em VEJA de 24 de maio de 2023, edição nº 2842

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