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Jerusalém descobre fragmento de muro destruído por babilônios em 586 a.C.

Construção tem mais de 2.700 anos e é um testemunho dos tempos em que a cidade foi invadida pelas tropas do lendário Nabucodonosor

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jul 2021, 11h01 - Publicado em 23 jul 2021, 10h44

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) anunciou nesta semana que um grupo de arqueologistas encontrou os restos de um muro perdido em Jerusalém que data de 2 700 anos. A construção faz parte das fortificações originais da Idade do Ferro e, segundo a publicação especializada Art News, a maior parte da parede teria sido destruída durante uma invasão babilônica no ano de 586 antes de cristo.

O pedaço do muro foi descoberto na encosta leste do Parque Nacional da Cidade de David, durante uma escavação liderada pelos arqueologistas Joe Uziel e Ortaf Kalaf, do IAA, e Filip Vukosavović do Centro de Pesquisa da Antiga Jerusalém. O fragmento é um dos únicos vestígios que sobreviveram à campanha militar do rei babilônico Nabucodonosor, que saqueou a cidade e deixou em ruínas boa parte de suas construções.

Em um vídeo publicado pelo IAA sobre a descoberta, o pesquisador Uziel explicou que os babilônios “destruíram a cidade de Jerusalém e o Primeiro Templo”, mas que o segmento de parede permaneceu de pé “à espera de que os arqueólogos o encontrassem”

O fragmento de parede é compatível com outros dois segmentos descobertos anteriormente, o que indica que Jerusalém possivelmente era uma cidade completamente murada antes da invasão babilônica. “Agora podemos reconstruir 200 metros da muralha da cidade que circundava as encostas orientais da Cidade de David e Jerusalém”, disse o Dr. Vukosavović no vídeo.

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Além da parede, as escavações revelaram uma série de artefatos históricos que, segundo Vukosavović, “testemunham a vida cotidiana da Jerusalém antiga.” Entre os achados inclui-se um selo de argila com o nome “Tsafan” em hebraico antigo, bem como um selo babilônico com uma figura que aparece na frente dos deuses mesopotâmicos Marduk e Nabu. Frascos de armazenamento com alças estampadas também foram descobertos – alguns inscritos com a palavra “Lamelech”, que significa “Para o Rei” ou “Pertence ao Rei”.

Agora, os arqueólogos conduzirão uma datação por radiocarbono para confirmar a idade da parede e determinar se ela corresponde às datas das duas seções previamente desenterradas, que foram originalmente construídas no século 8 antes de cristo. As descobertas serão apresentadas na conferência da IAA em outubro.

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