Envolvido em um enorme escândalo após ser acusado por diversas atrizes de assédio e abuso sexual, o americano Harvey Weinstein pediu demissão do conselho da The Weinstein Company (TWC) nesta terça-feira, segundo o site da revista The Hollywood Reporter. Em reunião dos membros do conselho, foi votada a confirmação da demissão de Weinstein, anunciada em 8 de outubro. Apesar de ter sido demitido, ele ainda pertencia ao conselho.
Weinstein é dono de 23% da TWC e foi demitido do cargo de presidente – cargo que ele ocupava junto com o irmão, Bob – no último dia 8, na esteira de duas reportagens, uma do jornal The New York Times e outra da revista The New Yorker, que afirmavam que o produtor havia assediado jovens atrizes. Bob e outros executivos acreditavam que a empresa podia superar a crise, mas novas acusações envolvendo o nome de Harvey Weinstein começaram a surgir, incluindo algumas de estupro.
O produtor é alvo de investigações independentes das polícias de Nova York e do Reino Unidos. Ele também foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, e do Sindicato dos Produtores Americanos.
Os membros do conselho também votaram pela consideração de um investimento de capital da Colony Capital, que abriria as portas para uma eventual compra da divisão de cinema e televisão da Weinstein Company, em crise desde o escândalo, por essa empresa.