Ginger Bar é bar revelação da temporada em Curitiba
Inspirada nos bares speakeasy da época da Lei Seca americana, a casa funciona a portas fechadas — só entra quem tem a senha

Sim, só quem tem a senha da semana pode entrar nesse bar que fica escondido por uma cortina vermelha nos fundos da galeria Ponto de Fuga. Mas para descobri-la basta entrar em contato com a casa por meio de suas redes sociais e pedir a palavra-chave da noite. Inspirado nos bares speakeasy da época da Lei Seca americana, o ambiente é iluminado por velas e lâmpadas fraquinhas e decorado com mesas, bancos e cadeiras de vários tipos (uma delas é um balanço atado ao teto). Disposta sobre o balcão, uma banheira infantil da década de 30 abriga uma horta na qual crescem tomilho, hortelã, manjericão e alecrim, usados no preparo dos drinques. Há cerca de cinquenta deles listados no cardápio, a maioria à base de gim. O nosferato combina o destilado com soda, bitter de menta e grenadine (R$ 19,00), enquanto o bridesmaid une a bebida a soda, syrup, Angostura e Gengibirra (R$ 18,50). Um dos mais pedidos, o brutas reúne gim, aperol, Gengibirra e cereja (R$ 17,00). Os valores listados consideram o uso do gim nacional Seagers, mas os coquetéis podem ser preparados com quinze outras marcas, como a Tanqueray, produzida na Escócia, o que aumenta o preço em R$ 6,00. A cozinha expede acepipes acertados como o tartare vegetariano, feito com beterraba e tomate e acompanhado de chips de batata (R$ 23,00), e os huevos rotos, uma porção de batatas fritas com linguiça blumenau coberta por dois ovos estrelados (R$ 19,00). Tome nota: às quintas, a clientela é surpreendida por uma performance secreta, como um número de dança, por exemplo. Rua Saldanha Marinho, 1220, centro, (41) 99122-2327 (50 lugares). 19h/2h (fecha dom. e seg.). Aberto em 2017.

2º lugar: Bar Ornitorrinco
A agenda musical acolhe novos grupos da cena curitibana que, às quintas, tocam rock de vanguarda ou novidades da MPB. Essa última reina também às sextas. Aos sábados, os ritmos mais dançantes atribuem à noite uma atmosfera de balada. Campeão de audiência, o bolinho assado kung-fu, de pernil e carne bovina, tem crosta de gergelim e molho de limão e shoyu (R$ 23,00, oito unidades) e faz bom par com o chope Gauden Bier nas versões pilsen (R$ 8,00) e pale ale (R$ 10,00). Rua Benjamin Constant, 400, centro, (41) 3121-2334 (70 lugares). 18h/0h (sex. até 1h; sáb. até 1h30; fecha dom. e seg.). Aberto em 2016.
3º lugar: Officina Restô Bar
Os melhores drinques da cidade, segundo o júri de VEJA COMER & BEBER, saem das coqueteleiras do bartender paulistano Diego Bastos, de 28 anos. Radicado na capital paranaense desde os 5, ele serve cerca de trinta coquetéis autorais e uma dezena de clássicos. Do primeiro grupo, chamam atenção o basil mint, ótima junção de gim Tanqueray, manjericão, hortelã e xarope artesanal de maçã e de limão (R$ 37,00), e o orlando, que leva bourbon Bulleit, xarope de açúcar, bitters, água tônica e sucos de gengibre e de limão-siciliano (R$ 35,00). O rosé quartz, uma das cinco versões do gim-tônica assinadas por Bastos, é vendido como se fosse água. Combina gim Tanqueray, redução de vinho rosé e limoncello, zimbro, manjericão e água tônica (R$ 35,00). Cerca de 3 500 drinques são consumidos todos os meses na casa, decorada com luminárias de latão, banquetas altas de metal e uma infinidade de lâmpadas charmosas. A clientela é formada principalmente por jovens bem- arrumados, na faixa dos 30 anos, interessados em beber e comer com estilo. Por falar nisso, não deixe de provar a coxinha de pato com geleias de pimenta e tangerina (R$ 39,00) e a porção de steak tartare (R$ 33,00), para partilhar. Alameda Doutor Carlos de Carvalho, 1154, centro, (41) 3402-0986 (89 lugares). 18h/23h30 (seg. até 22h30; sex. e sáb. até 0h30; fecha dom.). Aberto em 2014.