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Filme com Frances McDormand, ‘Nomadland’, vence Festival de Veneza

Atriz Cate Blanchett, presidente do júri do evento, entregou o Leão de Ouro ao longa, que tem crise de 2008 como pano de fundo

Por Lucas Almeida, de Veneza
Atualizado em 14 set 2020, 09h14 - Publicado em 12 set 2020, 18h48

O Festival de Cinema de Veneza premiou o filme Nomadland, estrelado pela atriz Frances McDormand com o Leão de Ouro, principal prêmio do evento. “Obrigada por nos deixar participar do festival desse jeito tão estranho. Nos vemos pela estrada”, agradeceu a atriz através de um vídeo gravado, exibido durante a cerimônia de encerramento.

Frances e a diretora do longa, Chloé Zhao, vivem nos Estados Unidos e não conseguiram comparecer ao festival devido à pandemia do novo coronavírus. Nomadland conta a história de uma mulher que passa a morar em uma van, vivendo como nômade pelos Estados Unidos, depois da falência da empresa em que trabalhava, no estado de Nevada. Ao fundo, o filme fala sobre a crise imobiliária americana que desembocou na crise financeira mundial de 2008.

O Leão de Ouro foi entregue pela atriz Cate Blanchett, presidente do júri da competição principal neste ano. O longa mexicano Nuevo Orden levou o Leão de Prata do júri, segunda maior láurea da noite. A trama conta a história de um casamento na alta-classe que é interrompido pela invasão de um grupo ativista. O evento marca o início de uma nova ordem social implantada no país.

“Eu não tinha ideia de que a distopia que escrevi cinco anos atrás, estaria tão próxima da realidade”, comentou o diretor e roteirista Michel Franco. “Com a pandemia, nós passaremos a ajudar quem precisa ou só voltaremos ao que éramos antes? Espero que nós possamos mudar.”

Blanchett ainda entregou os prêmios de melhor ator e melhor atriz. “Maschile”, ela repetiu rindo ao ouvir a apresentadora anunciar a categoria de atuação masculina em italiano. A atriz britânica já mostrou apoio a outro festival europeu, o Berlinale, que extinguiu a divisão de gênero na premiação.

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Os vencedores foram o italiano Pierfrancesco Favino, pelo filme Padrenostro (sobre uma família que presencia um ataque terrorista) e Vanessa Kirby, por Pieces of a Woman. A atriz britânica foi um dos destaques do festival neste ano, pelo papel de uma mulher que perde o filho logo após o parto feito em casa.

“Esse prêmio é compartilhado com todas as mães que perderam o filho em abortos espontâneos e mortes no pré-natal. Minha esperança é que esse filme desperte uma discussão em famílias, pais e mães, que passaram por essas perdas”, declarou Vanessa.

A atriz ainda agradeceu à equipe de The World to Come, outro drama que participou exibido no festival. A competição principal ainda contou com o Leão de Prata de melhor diretor para o japonês Kiyoshi Kurosawa (pelo filme Wife of a Spy) e o prêmio especial do júri ao russo Andrei Konchalovsky, por Dear Comrades!, um drama baseado na história real do massacre na cidade de Novocherkassk, em 1962.

Apresentado pela atriz italiana Anna Foglietta, a premiação marcou o fim dos onze dias de evento. O presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto, agradeceu aos presentes no festival, que foi a primeira mostra cinematográfica a acontecer presencialmente desde o início da pandemia. Antes do encerramento, Ciccutto ainda confirmou a realização da 78º edição do evento, que acontecerá em setembro de 2021.

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